
No dia em que a Câmara Municipal de Torres Vedras foi distinguida com a Bandeira da Ética, uma certificação do Instituto Português do Desporto e Juventude, que reconhece o trabalho desenvolvido pelas instituições comprometidas com a ética no desporto, foi apresentado o Plano Estratégico do Desporto para o concelho de Torres Vedras.
Na noite de ontem, 25 de novembro, o Teatro-Cine de Torres Vedras abriu portas para a cerimónia de entrega da Bandeira da Ética atribuída ao “Programa de Promoção da Ética no Desporto”, da Câmara Municipal de Torres Vedras e para apresentação do Plano Estratégico do Desporto.

O Plano Estratégico do Desporto 2020-2025, desenvolvido por quatro professores da Escola Superior de Desporto de Rio Maior, baseou-se numa amostra de mais de 1700 pessoas inquiridas entre elas, jovens e adultos torrienses, responsáveis das freguesias de Torres Vedras, responsáveis de clubes, ginásios, associações e empresas, responsáveis do desporto escolar e elementos da Câmara Municipal de Torres Vedras.
Este plano teve como objetivo “identificar, analisar e validar os principais problemas e oportunidades de desenvolvimento” quanto à pratica desportiva realizada pelos cidadãos do concelho de Torres Vedras para que seja definida uma estratégica com fim a aumentar a atividades física dos torrienses.
Jovens – Desporto Escolar
Após a analise dos dados recolhidos, foi possível concluir que cerca de 30% dos jovens inquiridos, entre os 10 e os 14 anos, têm prática desportiva no desporto escolar, sendo que as três modalidades mais praticadas são o voleibol, badminton e ténis de mesa.
Jovens – Prática Desportiva fora da escola
Quanto à prática desportiva fora da escola, 47% dos jovens inquiridos fazem prática desportiva em clubes ou de forma organizada, sendo que nos Top3 das modalidades mais praticadas estão o futebol, natação e danças/ballet.
No inquérito foi pedido que apreciassem as instalações desportivas e os espaços naturais do concelho e 96% dos jovens revelaram “gostar” ou “gostar muito” das instalações.
As três principais razões apontadas pelas jovens para não praticarem desporto foram: “Não gosto de fazer desporto” (24%), “Faltam atividades adequadas às minhas preferências” (25%) e “Não existem infraestruturas perto do sítio onde moro” (quase 23%).
Quanto à intenção futura dos jovens em praticar desporto, 60% dos jovens não praticantes mostraram vontade em iniciar a prática desportiva, sendo que as modalidades que mais gostariam de vir a praticar são o futebol, a natação e danças/ballet.
A inercia como falta de motivação e interesse, foi a principal justificação dos jovens para o facto de não praticarem desporto (43%). Os custos e o preço que é necessário despender para a realização da atividades física foi outro obstáculo apresentado (20%).
Mais espaços verdes, oferta de mais atividades e melhor divulgação da oferta já existente, foram algumas das sugestões deixadas pelos jovens.
Adultos – Prática desportiva
Após a analise dos dados recolhidos, foi possível concluir que 41% dos adultos inquiridos, entre os 14 e os 74 anos, têm por habito praticar atividade física e desportiva, uma taxa de participação “muito positiva e acima da média nacional”, referiu Alfredo Silva, um dos professores responsáveis pelo Plano, que apresentou todos estes dados na noite de ontem.
As atividades físicas e desportivas mais praticadas pelos adultos são atividades de manutenção (22%), nomeadamente caminhadas, jogging e corrida e logo de seguida atividades de ginásio (21%).
Outro dado retirado deste inquérito prende-se com o facto de os homens serem mais ativos até aos 35 anos e as mulheres mais ativas a partir dos 50 anos.
No que diz respeito às razões para a prática de atividade física e desportiva, 96% têm como objetivo melhorar a sua saúde e 93% melhorar a forma física.
Já as razões para não praticar desporto, 61,5% revelou não ter tempo e quase 39% não ter motivação ou não estar interessado.
A intenção dos adultos não praticantes em iniciar a prática desportiva é menos que a dos jovens – (30%).
Quanto aos obstáculos para mais atividade física entre a população, 29,6% apontam a falta de vontade, de interesse, de motivação e a falta de tempo como principal fator.
Oferta de mais atividades, diversificadas, eventos, melhorias das infraestruturas, preços mais reduzidos e melhor divulgação da oferta já existente, são algumas das sugestões deixadas pela população.
“Reforçar o concelho com instalações desportivas específicas, para práticas formais e informais; melhorar os canais de comunicação e divulgação dos eventos e das iniciativas realizadas no concelho; ajustar ofertas de modalidades à população potencialmente interessada e rejuvenescer os papéis de dirigente tendo mais jovens nas direções dos clubes”, são algumas das conclusões retiradas a partir do inquérito realizado.
Assim, o Plano Estratégico do Desporto 2020-2025 terá cinco planos de ação tendo como base os dados recolhidos. Sabe sobre estes cinco planos de ação aqui.