
“Estamos agora sem aeroporto (…) e nada do que ficou escrito foi cumprido por parte do Governo central”.
Na semana passada, a Associação Comercial e Industrial da Região Oeste (ACIRO) publicou na página de facebook um comunicado alertando para o facto de a “indecisão” sobre a localização da nova infraestrutura aeroportuária complementar ao aeroporto Humberto Delgado ter de ser “resolvida urgentemente em prol da dinamização e promoção do Oeste”.
A associação lembra que “volvidos 10 anos de um plano de compensação da Ota decidido pelo Governo da altura, o Oeste viu-se obrigado a desistir do promissor aeroporto que viria a trazer o crescimento desejado no turismo e na indústria, com empolamento do mercado do golfe. Foi entretanto prometido um dossiê de compensações pela deslocalização do mesmo, nomeadamente uma estrada que ligava os vários concelhos do Oeste de forma a estarem mais próximos da Europa (IC11), uma reestruturação da linha do comboio e um novo hospital”.
De relembrar que no dia 22 de dezembro, o semanário Expresso publicou uma entrevista com o ministro Pedro Marques em que o próprio revelou a lista das grandes obras públicas para a próxima década e o IC11 está excluído.
No entanto, no Programa Nacional de Investimentos 2030, a grande obra contemplada para a região Oeste é a continuação da electrificação da Linha do Oeste entre Caldas da Rainha e Louriçal (Pombal).
“Estamos agora sem aeroporto e pelo que se tem acompanhado nenhuma das soluções apresentadas é viável devido a problemas ambientais e nada do que ficou escrito foi cumprido por parte do Governo central, deteriorando ainda mais a oferta existente na região e deixando o território mais longe da tão esperada evolução”, acrescenta ainda a ACIRO.