“Caso ainda existam dúvidas sobre se um brinquedo é ou não prejudicial para a saúde ocular, pode-se sempre recorrer à opinião de um oftalmologista”, conclui a especialista.
Aproxima-se a noite do Natal, conhecida por trazer novos brinquedos para o lar das famílias portuguesas. Mas será que todos os brinquedos são seguros para a saúde ocular das crianças? A resposta é não. Ana Vide Escada, médica oftalmologista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), explica que “existem brinquedos com laser que têm um grande potencial de lesão ocular nas crianças e que o número de acidentes causados por este tipo de brinquedos tem vindo a aumentar”.
Os brinquedos que têm uma exteriorização da luz laser podem causar danos e afetar a visão. A especialista explica que “os mais pequenos não têm maturidade suficiente para entenderem que não devem olhar para a luz laser e pela curiosidade normal da idade podem mesmo apontá-lo diretamente (ou através da reflexão em espelhos) para os seus olhos, aumentando o tempo de exposição e a área atingida. Isto, em associação ao facto de o olho das crianças ser mais transparente do que o dos adultos, coloca-as num risco superior de sofrerem lesões oculares, que podem ir desde períodos transitórios de turvação da visão até perda irreversível da acuidade visual”.
Para que, neste Natal, os brinquedos oferecidos às crianças sejam seguros e não contenham riscos para a sua saúde ocular, Ana Vide Escada aconselha a que os pais “estejam atentos às instruções nas caixas e aos manuais dos brinquedos, além de confirmarem se está descrito algum tipo de perigo para a saúde visual ou alguma restrição associada. Não se deve, de todo, comprar brinquedos com laser em vendas de rua não regulamentadas ou pela internet, pois estes não passam por qualquer barreira ou controlo de segurança e podem ter potências mil vezes superiores ao que seria o limiar de segurança apropriado, constituindo verdadeiras armas”.
“Caso ainda existam dúvidas sobre se um brinquedo é ou não prejudicial para a saúde ocular, pode-se sempre recorrer à opinião de um oftalmologista”, conclui a especialista.