A Câmara de Alenquer solicitou à Direção Regional de Agricultura e Pescas o encerramento imediato de um parque considerado ilegal para 40 mil contentores marítimos, instalado junto a uma escola numa urbanização do Carregado.
Denominado ALB Carregado, o parque vem substituir a anterior Área Logística da Bobadela, sendo apresentado pela empresa como uma estrutura que permite “cobrir com eficiência o ‘hinterland’ [área de influência de uma cidade portuária] de Lisboa”, com uma área de 55 mil metros quadrados e capacidade para receber 40 mil contentores.
A localização do parque dentro de uma urbanização e junto a uma escola básica levou a Câmara de Alenquer (no distrito de Lisboa) a pedir à Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAPLVT) “o encerramento imediato” do parque que “está ilegal e que em circunstância alguma a câmara licenciaria”, disse à agência Lusa o presidente da autarquia, Pedro Folgado (PS).
Para além da proximidade à escola, o parque “tem parte do terreno instalado em zona de Reserva Agrícola Nacional (RAN), o que inviabiliza aquela atividade”, acrescentou o autarca, sublinhando que a câmara já notificou o proprietário do terreno de que se os contentores não forem retirados “será aplicada uma contraordenação”.
A localização do parque de contentores marítimos está também a gerar contestação por parte dos moradores e da comunidade escolar.
Num comunicado conjunto, a União de Freguesias do Carregado e Cadafais, a direção do Agrupamento de Escolas e a Associação de Pais do Carregado dizem ter recebido “diversas queixas” de encarregados de educação e habitantes, “tanto pelo movimento, como pelo barulho que está a resultar das deslocações dos transportes que trazem estes mesmos contentores marítimos para o parque”.
“O barulho é ensurdecedor e o movimento imenso”, disse à Lusa o presidente da União de Freguesias (PS), José Martins, sublinhando que “a principal preocupação é a segurança dos cerca de 900 alunos, entre os 5 e os 15/16 anos que frequentam a escola”.
De acordo com o comunicado, “cerca de 90% dos alunos deslocam-se a pé para a escola, não existindo qualquer tipo de proteções ou passeios adequados”.
As três entidades já solicitaram a intervenção da Câmara de Alenquer para que o parque “saia dali o mais rápido possível”, já que, “além de ter sido feito à revelia, sem licença e sem consultar a comunidade, torna impraticável o funcionamento da escola quando for retomada atividade letiva, em setembro”.
Questionado pela Lusa, Pedro Folgado disse esperar “uma resposta da DRAPLVT que permita resolver esta questão o mais rápido possível”, uma vez que “a câmara não tem autoridade nem meios para retirar dali os contentores”.
O autarca estima que tal “possa acontecer antes do próximo ano letivo”, já que “pela via judicial os prazos não se compadecem com a urgência que a situação exige”, concluiu.
Primeiro segundo pude constatar não são 40 mil contentores mas sim 2 mil, depois estão muito preocupados com esta empresa quando lá estava a Pedir nada fizeram, depois deveriam de estar preocupados mas com o aumento da violência,dos roubos dos camiões que estão estacionados junto á escola que pertencem a Luís Simões, a empresa de camiões que está mesmo ao lado da escola, dos camiões estacionados nas pracetas, avenida, e deveriam de estar preocupados com o aumento da pandemia.
Deveriam também estar mais preocupados com o aumento do tráfico de troca junto ao parque infantil, as arcadas. Segundo me consta esta empresa dá trabalho aos munícipes locais, dinheiro a ganhar á restauração, e outras empresas. Deixem de ser hipócritas e preocupem-se mais com o desenvolvimento da vila e tirar a droga e acabar com os roubos e o mais estacionamento.