
Às 22 horas, hora marcada para a chegada dos Reis do Carnaval à cidade de Torres Vedras, a multidão já preenchia as ruas que circundam a Estação dos Comboios. A folia dos Ministros e Matrafonas, Real Confraria do Carnaval, Lúmbias, Fidalgos, Marias Cachuchas e Flauzinas fez-se sentir logo no início da primeira noite carnavalesca, sempre acompanhados pelo som da Osga, da Banda Real da Ponte Rol e dos Zés Pereiras.
Foi num coche puxado por dois cavalos que Suas Altezas, Dona Figurona Periquita Rebolona e El Rei Dom Figurão Embatucado do Belo Carrascão, seguiram ao longo da Avenida 5 de Outubro até à Praça da República, onde se encontra o Monumento ao Carnaval. E se a multidão que acompanhou a parada já era muita, a concentração de foliões junto ao Monumento ainda era maior.
Já perante o enorme Zé Povinho de ouro, coube a António Miranda, Chanceler da Confraria, abrir a cerimónia, que ficou marcada pelo sobe e desce da plataforma elevatória que mostrou Suas Altezas a todo o povo torriense. Carlos Miguel, anterior líder da Autarquia, também subiu ao “palanque” para ser condecorado com o título de Barão do Largo de Santo António, perante gargalhada geral.
Antes da Entronização propriamente dita, Carlos Bernardes, Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, arrancou das largas centenas de foliões torrienses uma salva de palmas – que se sentiu calorosa – para o incontornável Chico da Bola. E depois das habituais quadras carnavalescas entregou as chaves da cidade a Suas Altezas, já de coroa na cabeça.
Os Reis deram vivas ao Carnaval mais português de Portugal, abrindo oficialmente as comemorações carnavalescas. A folia instalou-se na cidade. Agora sim, também eu me vou juntar à festa. Bom Carnaval!