Carnaval de Torres Vedras é finalista regional das 7 Maravilhas da Cultura Popular
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As comemorações começam a 17 de fevereiro deste ano e terminam a 14 de fevereiro de 2024.

As comemorações do centenário do Carnaval de Torres Vedras vão decorrer durante um ano, com 60 actividades, entre 17 de fevereiro próximo e 14 de fevereiro de 2024, segundo o programa apresentado esta terça-feira, dia 31 de janeiro.

Na edição deste ano, há destaque para o novo carro dos Reis com assentos para os atuais e antigos reis, entre os restantes carros alegóricos conhecidos pela tradicional sátira política e social.

O programa conta ainda com a emissão filatélica de quatro selos dos CTT alusivos ao tema, lançamento do livro ”Aconteceu assim… Carnaval de Torres: Memórias e outras históricas”, de António Carneiro, actividades educativas para crianças no Centro de Artes e Criatividade (fevereiro de 2023) e o ciclo “décadas” com festas temáticas alusivas a cada década do século XX.

Constam ainda do programa, rota dos petiscos em restaurantes (maio), peddy-paper (maio), recolha de memórias e testemunhos, exposições no Centro de Artes e Criatividade (junho), pintura de murais (junho), exposição de maquetes dos carros alegóricos no Edifício Multisserviços (julho), sessões de cinema ao ar livre com projecção de filmes antigos (julho), apresentação do livro “Ministros e Matrafonas – 100 anos, 100 fotos” (dezembro) e recriação do corso carnavalesco dos anos 20 do século XX (janeiro de 2024).

Durante este ano, vai ser produzida uma série documental sobre as associações carnavalescas, a ser transmitida nas plataformas on-line.

O programa integra ainda actividades propostas pelos cidadãos e que foram as mais votadas pelo público, desde recolha de testemunhos e memórias através das artes performativas, vídeo e espectáculos multidisciplinares, oficinas de costura, concertos musicais e investigação sobre os “Bonecos de Cambelas”.

Em março, o Carnaval de Torres Vedras foi inscrito no Património Cultural Imaterial Nacional.

São características deste Carnaval dois homens locais desempenharem os papéis de rei e rainha, a existência de uma “dinastia” dos títulos dos reis, as ‘matrafonas’ (homens com roupas e acessórios habitualmente usados por mulheres) e as celebrações da chegada e entronização dos reis.

O Carnaval de Torres Vedras insere-se nas tradições do Entrudo português, cujas raízes remontam às festas pagãs relacionadas com as festas de inverno e com os cultos de fertilidade e da abundância no início da primavera, incluídos pelo Cristianismo no calendário litúrgico.

As manifestações do Carnaval espontâneo em Torres Vedras, característica que persiste até hoje, remontam ao século XIX, mas foi em 1923 que uma elite local republicana e um grupo social comercial/industrial emergente iniciou os festejos organizados nas ruas.

Os primeiros reis, dois homens, e a comitiva régia, composta por ministros, embaixadores e ‘matrafonas’, surgiram em 1924.

Nos últimos anos, o evento passou a atrair meio milhão de visitantes nos cinco dias em que ocorre e gera receitas de cerca de 10 milhões de euros na economia local, depois de ganhar dimensão mediática no final do século XX.

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