O Grande Prémio do Dão, terceira e última etapa da Taça de Portugal de Ciclismo que se disputava este fim de semana na região de Viseu, foi interrompido a escassos quilómetros do fim por não estarem garantidas as condições de segurança, adiando assim a decisão do titulo 2017.
Esta prova, que contava com a participação da Sicasal-Constantinos-Delta Cafés, era disputada em duas etapas, com um contra relógio de 19,5 kms no sábado e uma etapa de 142 kms no domingo, mas quando a caravana entrou para a primeira de 3 voltas a um circuito final de 10 kms ao redor da cidade de Viseu, o insólito aconteceu. Um engano dos batedores da PSP obriga a uma neutralização e a corrida pára durante 45 minutos. Após reatamento, Atletas e Dirigentes verificam que há graves falhas de segurança que colocam em causa a sua integridade física e decidem unanimemente pela não continuidade em prova. Após longos minutos, a Federação Portuguesa de Ciclismo confirma a anulação da etapa, esclarecendo que “aos problemas de segurança decorrentes da obrigatoriedade de transição das responsabilidades de policiamento, juntou-se um engano no percurso, levando os ciclistas a parar antes de cruzarem a meta pela última vez. Na sequência destes factos, a organização, em conjunto com o colégio de comissários, decidiu anular a segunda e última etapa da competição.”
A equipa torreense partiu para Viseu com a ambição de levar o Tiago Antunes ao topo da geral da taça e a manter ou melhorar o terceiro lugar da classificação coletiva. No primeiro dia a corrida correu conforme esperado, com o Tiago a garantir a 4ª posição entre os sub-23, dando um grande passo para alcançar o pódio final da taça, mas ainda faltava a dura etapa de domingo.
Na etapa domingueira tudo estava a correr na perfeição, com o Marcelo Salvador a entrar na fuga do dia e o Tiago a integrar um grupo de cerca 30 atletas na frente da corrida, numa fase mais dura da mesma e quando tinha a companhia de apenas 3 Atletas sub-23. Esta situação garantia-lhe hipoteticamente o segundo lugar final na taça, mas depois sucedeu o infeliz episódio e a história da prova acabou ali.
Um fim de semana que fica para a história pelo impacto negativo causado à modalidade, defraudando a expectativa das equipas que muito investem para participar nestas competições.
A Federação Portuguesa de Ciclismo está a apurar responsabilidades, aguardando o relatório do Presidente do Colégio de Comissários para poder decidir quanto à homologação dos resultados desta corrida, à conclusão da Taça de Portugal e à tomada de medidas preventivas, para que no futuro situações semelhantes não voltem a ocorrer.