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Torres Vedras vai comemorar os 100 anos do seu Carnaval entre 17 de fevereiro de 2023 e 14 de fevereiro de 2024 e prepara-se para constituir uma comissão responsável pela elaboração do programa, foi hoje anunciado.

“Queremos que a comemoração dos 100 anos seja feita e vivida por todos os torrienses, à semelhança do que acontece no Carnaval”, afirmou a presidente da câmara, Laura Rodrigues, na apresentação do plano para as comemorações do centenário do Carnaval, conhecido como o ‘mais português de Portugal’, por se manter fiel às tradições do entrudo português.

Na próxima reunião de câmara, o executivo municipal vai aprovar a proposta de constituição da comissão executiva das comemorações, bem como de uma comissão consultiva.

Vai ser também criada uma comissão de honra das comemorações e será endereçado um convite ao Presidente da República para a presidir.

O programa das comemorações, composto por uma centena de eventos, deverá ser aprovado pela câmara municipal até setembro de 2022, depois de proposto pela comissão executiva das comemorações.

O Carnaval insere-se nas tradições do Entrudo português, cujas raízes remontam às festas pagãs relacionadas com as festas de inverno e com os cultos de fertilidade e da abundância no início da primavera, incluídos pelo Cristianismo no calendário litúrgico.

As manifestações do Carnaval espontâneo em Torres Vedras, característica que persiste até hoje, remontam ao século XIX, mas foi em 1923 que uma elite local republicana e um grupo social comercial/industrial emergente iniciou os festejos organizados nas ruas.

Os primeiros reis, dois homens, e a comitiva régia, composta por ministros, embaixadores e ‘matrafonas’ (homens disfarçados de mulheres) surgiram em 1924.

Em 1941 e 1945, os festejos foram interrompidos com a 2ª Guerra Mundial, e em 1953, 1954 e 1956, no período do pós-guerra, mas foram revitalizados nas décadas de 60 e 70 do século passado, tendo aí aparecido as figuras dos Zés Pereiras, os carros alegóricos e o primeiro passeio trapalhão, que permaneceram até hoje.

Nas décadas de 80 e 90, o Carnaval ganhou dimensão graças à sua mediatização, tendo a organização passado para a câmara municipal e para uma comissão.

Em 1999, passou a ser erguido no centro da cidade um monumento alusivo ao Carnaval e, em 2000, a organização foi entregue à empresa municipal Promotorres.

Em 2016, a câmara municipal candidatou o Carnaval a património nacional imaterial.

Nos últimos anos, o evento passou a atrair meio milhão de visitantes nos cinco dias em que ocorre e gera receitas de cerca de 10 milhões de euros na economia local.

Em 2021 e 2022, não houve programa oficial devido à pandemia de covid-19, tendo sido cancelados os desfiles, mas, com o alívio das restrições, as ruas já foram este ano invadidas por centenas de mascarados espontâneos.

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Agência Lusa
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