Companhia João Garcia Miguel muda-se para o Teatro Ibérico, em Lisboa
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A Companhia João Garcia Miguel vai passar a ocupar o Teatro Ibérico, em Lisboa, assinalando a data com uma festa intitulada “Invasões climáticas”, a realizar no próximo dia 11, com um espetáculo de música, informou a companhia.

A festa conta com a participação das bandas Jibóia, Los Negros, Filho da Mãe e do DJ The Incredible Padrada Boysgang Soundsystem.

Para a residência naquele espaço em Xabregas, a companhia de João Garcia Miguel, que tinha sede em Torres Vedras, promete “uma porta aberta ao mundo, desenvolvendo uma rota criativa, inspirada na rota do oriente”, segundo o comunicado do teatro, hoje divulgado.

“Lisboa é uma cidade de várias histórias e viagens, e é neste lado oriental de Lisboa, que a companhia se vai expandir à criação e apresentação de novas e diferentes narrativas”, acrescenta.

A companhia tem por objetivo, assim, “reforçar a comunidade” daquela área urbana, “e unir os polos artísticos existentes, abrindo novas fronteiras através da internacionalização da sala do Teatro Ibérico aos criadores portugueses”.

“Estamos numa rota do Oriente que vai de Santa Apolónia (talvez do Terreiro do Paço) ao Parque das Nações. São nossos vizinhos, o LUX, o Espaço da Companhia Olga Roriz, o Clube Ferroviário, o Museu do Azulejo, o Teatro Meridional, o Eka Palace, a Galeria Filomena Soares, o espaço Braço de Prata, entre outros”, escreve a companhia.

“Vamos procurar ser audazes no descobrir de formas de fazer teatro, com a cidade e com as diferentes comunidades que ali vivem. Vamos ser uma voz ativa numa Lisboa que volta a ser porta para o mundo”.
A Companhia João Garcia Miguel, grupo de pesquisa e criação artística contemporânea, para as artes performativas, foi fundada em 2003.

O ator e encenador iniciou a carreira profissional na década de 1980, foi um dos criadores dos coletivos Canibalismo Cósmico, da Galeria Zé dos Bois e da Associação Teatral OLHO, que dirigiu de 1991 a 2002.

Em 2008 tornou-se diretor artístico do Teatro-Cine de Torres Vedras.

“Burgher King Lear” (2006), “Romeu & Julieta” (2011), “Open Hamlet” e “Yerma” (2013), “La vida es Sonho”, “Hamlet talvez”, “Três parábolas da possessão” (2015) e o “Ciclo Novas Bacantes” (2016), a partir de Eurípides, que vai apresentar em Guimarães, nos Festivais Gil Vicente hoje iniciados, são algumas das produções da companhia.

“Liberdade e Teatro são os dois eixos que presidem às nossas atividades de criação, formação e difusão”, lê-se, no sítio da companhia na internet. “Acreditamos que o exercício diário de conquista da liberdade individual é concomitante com o aumento da liberdade do que nos rodeia. É esse o binómio que delimita e define a qualidade e ambição do que somos e do que desejamos: que os outros possam ser cada vez mais livres”.

O Teatro Ibérico foi fundado em 1981, por Xosé Blanco Gil, e tem sede no antigo Convento de São Francisco, em Xabregas, que foi requalificado em 2011 e atualmente disponibiliza uma oferta cultural com concertos de música erudita, peças de teatro e sessões de aprendizagem teatral, lançamentos de bandas e outros espetáculos.

“O espaço do Teatro Ibérico, que passará a ser o centro das nossas atividades, é provavelmente o lugar mais bonito da cidade de Lisboa, onde se faz acontecer teatro”, escreve a companhia do encenador. “É um portal para o sagrado, é chão que tem muitas histórias ali depositadas”.
“Obrigado Xosé Manuel Blanco Gil. Afinal é um teatro ibérico que ali se sonhou e se procurou tornar realidade ativa. Herdamos esse legado com todo o orgulho”, afirma a companhia.

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