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O Luís Vicente Trio apresenta no próximo dia 4 de junho, pelas 21h30, no Teatro-Cine de Torres Vedras, o álbum Chanting in the name of.

De realçar que o líder deste trio, o oestino Luís Vicente, tem, de há alguns anos a esta parte, apresentado o seu trabalho por palcos internacionais, atuando em vários festivais e salas de renome, tendo recebido várias críticas positivas e elogios por parte da crítica especializada. Em simultâneo, construiu uma considerável discografia, a qual conta já com mais de três dezenas de exemplares, assinados tanto em nome próprio como em várias colaborações com figuras de proa do universo jazzístico.

Do Luís Vicente Trio fazem também parte outros dois músicos de créditos firmados que têm igualmente desenvolvido trabalho notável: Gonçalo Almeida, contrabaixista português a residir em Roterdão, e o baterista Pedro Melo Alves.

Pode-se afirmar que a música protagonizada pelo Luís Vicente Trio remete para um plano espiritual, onde a simples escuta convida e transporta para um universo com caráter meditativo e libertador. 

O preço dos bilhetes para se assistir ao concerto deste trio que terá lugar no Teatro-Cine de Torres Vedras no próximo sábado é de cinco euros.

“Escreve, nas liner notes, Hamid Drake (com quem Vicente gravou o espantoso Goes Without Saying, But It’s Got To Be Said), citando Hazrat Inayat Khan, místico sufi que apresentou o sufismo ao Ocidente no início do século XX, que “a música é muito mais do que uma forma de entretenimento para passar o tempo. É, na verdade, o código subjacente a todo o universo”. Drake não poupa depois justos elogios ao “maravilhoso trio”. (…) É que este trio alcança planos cósmicos muito elevados. Escutando a peça título, a mais longa do álbum e a que ocupa o centro do alinhamento, entende-se tudo isto: sobre baixo dissonante tocado com arco, a soar quase como um violino ou violoncelo, Luís Vicente desenrola um lírico mantra que recorda a espaços o lado mais espiritual de Miles, não necessariamente por afinidades de técnica, mas porque aqui o trompetista português parece apontar a um mesmo plano de superior contemplação que o mestre americano logrou pontualmente alcançar. Mas esse é um registo que de forma inteligente é depois trabalhado de forma a dar espaço a um discurso mais visceral, que parece um vórtice que nos puxa para o centro, de forma irremediável. Essa força gravitacional que se sente ao longo de todo o álbum recompensa sem dúvida quem por ela se deixe levar. É que este é um trabalho de puro assombro espiritual.”

                                                        Rui Miguel Abreu, Notaz Azuis – Rimas e Batidas

Crédito Fotográfico: Media Ground Prod

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