
De acordo com Duarte Pacheco, a “maioria socialista” da Câmara Municipal de Torres Vedras “decidiu “aumentar o preço da água em 0,9%” e “chumbar a proposta” para que “fosse devolvido 1% só do IRS às famílias”.
“A maioria socialista da Câmara Municipal [de Torres Vedras] decidiu aumentar o preço da água em 0,9%, a tarifa sob os resíduos em 25%, recusar a proposta do PSD de reduzir a derramam sob as empresas, e chumbar a proposta do PSD, que foi trabalhada em sintonia com os vereadores do Unidos, para que fosse devolvido 1% só do IRS às famílias”, começou por dizer Duarte Pacheco na conferência de imprensa.
Em termos práticos, o aumento do preço da água para um consumidor “médio”, que pagasse 31,00€/mês, é de 1,40€ a mais todos os meses.
Reforçando que “foi decidido cobrar a taxa máxima de IRS”, Pacheco destacou ainda “a derrama para as empresas na sua taxa máxima”, nomeadamente as que tiverem “volume de negócios superiores a 150 mil euros.”
Nas palavras de Duarte Pacheco, estes aumentos são “um escândalo”, o que consideram ser “super lamentável”, uma vez que “demonstra mais uma vez que as pessoas deviam fazer avaliações quando decidem dar maiorias absolutas a um só partido, tendo em conta que “por essa via, não há hipótese de negociação.”
“Quando existe maioria absoluta, sentimos estar a conversar contra uma parede que já decidiu o que tinha a decidir, e que só está ali a afazer uma figura de obrigação legal”, destacou.
Evidenciando novamente que “é um dia triste para os Torrienses“, Pacheco questionou o porquê destes aumentos acontecerem pouco tempo depois das eleições autárquicas, respondendo de seguida que o “executivo credita que as pessoas têm a memória curta, e que por isso tomam essas medidas todas no início do mandato, para que as pessoas se esqueçam e que daqui a quatro anos voltem a votar neles.”
Depois do candidato à CMTV pelo PSD ter falado, o vereador Secundino Campos Oliveira revelou um “aspeto positivo”, nomeadamente em relação ao IMI, que “do mesmo modo que no ano anterior, vai manter-se para os Torrienses de 0,35%”.
Quando questionado sobre a justificação que foi dada para os aumentos, Duarte Pacheco revelou que “vão ser realizados investimentos”.
Falando novamente sobre a questão do IRS, Pacheco pediu que as pessoas pensem sempre que “quem é penalizado é a classe médica”, uma vez que “cerca de 50% das famílias portuguesas não pagam IRS infelizmente”.
Tendo em conta que “têm rendimentos baixos”, estas “estão isentas de pagar IRS”, reforçou, acrescentando que a medida apresentada era importante “para a classe média”.