Encerramento do trânsito no Centro Histórico leva ao descontentamento dos comerciantes
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Apesar de haver a alternativa dos TUT um grupo de comerciantes mostrou o seu descontentamento na Assembleia Municipal.

Foi no final do mês passado que um grupo de comerciantes do Largo de São Pedro, no Centro Histórico de Torres Vedras, foi à Assembleia Municipal mostrar o seu descontentamento pelo encerramento do transito nesta zona desde o dia 16, avança agência Lusa.

Armando Ferreira, comerciante à 35 anos no local, afirmou que está a ter uma quebra significativa nas vendas, facturando menos de cem euros por dia, o que não dá para a despesa” por isso “não promete manter a loja aberta até ao final do ano”.

Elvira Moreira lamentou que a câmara não tenha ouvido os comerciantes e não tenha calculado o seu prejuízo, antes de implementar a medida.

“Ninguém para ali, desde que está encerrado ao trânsito”, afirmou por seu turno Olga Silva, adiantando que “todos os comerciantes estão contra”.

Para José Lopes, as obras de requalificação do centro histórico não estão a contribuir para o objectivo de atrair pessoas a esta zona, mas antes a “afastá-las e a impedir que o comércio se desenvolva”.

Os comerciantes entregaram uma petição a pedir ao executivo municipal a revogação da medida, sob pena de “condenar à morte o comércio” na zona.

O presidente da Câmara, Carlos Bernardes, esclareceu que “houve diálogo com os comerciantes” e há quem “esteja a favor”, tendo aí aberto “recentemente” dois estabelecimentos.

Apesar disso, a autarquia está a monitorizar a implementação das medidas.

O autarca acrescentou que, em contrapartida, o centro histórico passou a ser atravessado pelos transportes públicos da cidade, desde dia 30 de Abril.

Desde o dia 16, a Câmara de Torres Vedras implementou diversas medidas de alteração ao trânsito no centro histórico da cidade, com vista a retirar daí a circulação automóvel a favor dos transportes públicos.

As medidas, segundo a autarquia, visam valorizar o património histórico-cultural, diminuir o ruído e a poluição atmosférica, promover o uso de transportes públicos em detrimento do veículo particular e restituir aos cidadãos o espaço público.

O Largo de São Pedro, cuja igreja abriu ao público há vários meses após obras de restauro, deixou de ser atravessado por veículos e passou a ter uma utilização exclusivamente pedonal, assim como a Rua Miguel Bombarda, Praça do Município, Rua Dr. João de Meneses e Praça de Wellington.

Por dia, o centro histórico da cidade é atravessado por mil veículos, a maioria dos quais não estaciona nos parques existentes nessa zona da cidade, com 250 lugares disponíveis.

DIREITO DE RESPOSTA

Ao abrigo dos artigos 24.º a 26.º do Capítulo V da Lei de Imprensa (Lei n.º 2/99 de 13 de janeiro) e tendo em conta o artigo intitulado “Encerramento do trânsito no Centro Histórico leva ao descontentamento dos comerciantes” publicado no V. site no dia 9 de maio de 2018, vem a Câmara Municipal de Torres Vedras solicitar a retificação de informação, prestando os seguintes esclarecimentos:

  1. As medidas que entraram em vigor visaram o corte de circulação automóvel no Largo de São Pedro, mais precisamente no troço em frente à Igreja de São Pedro, não sendo impedida a circulação automóvel no centro histórico de Torres Vedras como um todo.
  1. O Largo de São Pedro junta-se, desta forma, ao conjunto das artérias da sua envolvente que não têm circulação automóvel, composto pela Rua Miguel Bombarda, a Praça do Município, a Rua Dr. João de Meneses e a Praça de Wellington.
  1. A circulação motorizada de veículos de emergência, segurança e serviços públicos e pontuais cargas e descargas relacionadas com mudanças de habitação de moradores são exceções previstas para a circulação automóvel no Largo de São Pedro.
  1. Embora parcialmente, medidas como o corte de trânsito no Largo de São Pedro já foram postas em prática aos fins-de-semana, de forma a apoiar atividades comerciais que se realizam nas imediações.
  1. Mais se esclarece que o Largo de São Pedro foi alvo de requalificação em 2012, altura desde a qual a paragem e o estacionamento naquele local não são permitidos.
  1. O acesso automóvel ao centro histórico de Torres Vedras continua garantido através da Av. Tenente Coronel João Luís de Moura e da Rua Almirante Gago Coutinho, assim como das ruas da Várzea e da Horta Nova.
  1. As alterações à circulação contemplam ainda alterações de sentido de trânsito na Rua Dias Neiva e na Rua dos Polomes, que visam precisamente garantir o acesso ao centro histórico da cidade.
  1. Além das restantes artérias que continuam com circulação automóvel, também o facto de as Linhas Verde e Amarela dos autocarros urbanos TUT passarem a atravessar o centro histórico – facto que é alvo de referência no artigo em questão – faz com que afirmações como “Encerramento do trânsito no Centro Histórico” não sejam verdadeiras.
  1. O acesso aos parques de estacionamento do Mercado Municipal e do Parque de Santiago, que garantem o estacionamento e o acesso pedonal ao comércio e serviços do centro histórico de Torres Vedras, continua a estar garantido através das artérias mencionadas anteriormente (Av. Tenente Coronel João Luís de Moura e Rua Almirante Gago Coutinho).
  1. Entre as medidas que entraram em vigor encontra-se ainda a implementação de novas bolsas de cargas e descargas na envolvente do Largo de São Pedro, de forma a garantir que o transporte de mercadorias para os estabelecimentos possa ser efetuado a menos de 50 metros dos mesmos, assim como a relocalização da praça de táxis que se encontrava na Av. Tenente Valadim e que passa para o cruzamento da Av. Tenente Coronel João Luís de Moura com a Rua Gabriel Pereira.Agradecemos a retificação das informações, para que não se cause qualquer confusão aos V. leitores.
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Agência Lusa
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