Ao que o TORRES VEDRAS WEB conseguiu apurar já houve uma primeira reunião com os pais dos atletas do escalão iniciados.
A escola de pais do Torreense, arranca sobre o lema “Pais Parceiros” e assenta em quatro pilares: Psicológico (fornecer apoio e aconselhamento e competências psicológicas); Ética (normas de conduta e valores associados à prática desportiva de formação); Nutrição (informação sobre alimentação diária de um atleta e orientação antes e depois dos treinos e jogos) e Educação (acompanhamento e integração escolar/social das atividades letivas/socias com a prática desportiva).
São cada vez mais os casos registados de violência por parte dos progenitores dos atletas no futebol de formação. Muitos pais assistem aos jogos dos escalões sub7 aos sub19, com falta de cultura ética e desportiva.
“Os pais são agressivos, manipuladores e violentos. Tratam mal os colegas dos filhos, os adversários e os árbitros. Fazem com que os próprios miúdos desistam do desporto. Em Portugal não há estudos, mas nos EUA e na Suécia há muitos: 75% dos jovens abandonam o desporto. Em Portugal arriscaria dizer que mais de 50% também”, afirma Vitor Santos, treinador de miúdos entre os cinco e os 18 anos e atual embaixador do PNED – Plano Nacional de Ética no Desporto, ao jornal o JOGO.
Neste sentido, o Sport Clube União Torreense inicia um projeto pioneiro que arrancará até ao final do mês no Torreense (data provável). A escola dirige-se aos 340 atletas da formação e aos cerca de 700 pais.
Ao que o TORRES VEDRAS WEB conseguiu apurar, já houve uma primeira reunião com os pais dos atletas do escalão iniciados.
Fonte do Torreense revelou ao TORRES VEDRAS WEB que está marcada uma apresentação oficial do projeto aos pais, alunos e ao público em geral, para dia 16 de fevereiro, sábado, com local ainda a definir. Vitor Santos, embaixador do PNED, será um dos oradores convidados.
Rui Moura, psicólogo de formação do Torreense e coordenador deste projeto conta ao JOGO que “há incidentes todos os fins de semana. São abafados pelos clubes e pessoas, que têm relações de cumplicidade. Tem de haver uma consciencialização maior por parte dos clubes de informarem os pais do seu papel, que é de acompanhamento, integração do jovem e criação de todas as condições para que o atleta faça aquilo de que mais gosta: divertir-se a jogar futebol. Caso não acontece pode estar em perigo os escalões de formação”, alerta.