
“Já temos um entendimento com a AML para que todas as pessoas cujos passes entrem na Área Metropolitana paguem os tais 40 euros pelos percursos na AML. Agora, o que temos que ver é dentro do território do Oeste”, revelou Pedro Folgado.
Já está definido que o Estado central poderá comparticipar os transportes públicos na região Oeste num montante de 1,3 milhões de euros, segundo o presidente da Comunidade Intermunicipal do Oeste
No entanto, trata-se de um montante que não chega para oferecer passes sociais no Oeste de valores semelhantes aos que vão ser praticados na AML.
Para a semana deverá estar concluído o levantamento, realizado pelos municípios do Oeste, dos custos de um sistema de bonificação de passes sociais semelhante ao que vai ser aplicado nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. Os municípios aguardam a conclusão do estudo para que possam pronunciar-se sobre eventuais comparticipações.
De acordo com declarações de Pedro Folgado, presidente da OesteCim ao jornal Público, o objectivo é evitar “assimetrias regionais” e que os habitantes dos 12 concelhos do Oeste não tenham que pagar valores muitos superiores, no que diz respeito aos passes sociais, aos dos habitantes da Área Metropolitana de Lisboa (AML).
“Já temos um entendimento com a AML para que todas as pessoas cujos passes entrem na Área Metropolitana paguem os tais 40 euros pelos percursos na AML. Agora, o que temos que ver é dentro do território do Oeste. Estamos a recolher dados para perceber qual é a dimensão dos valores envolvidos”, observou Pedro Folgado, admitindo que um cenário de apoios na AML e de inexistência de apoios no Oeste iria agravar as “assimetrias regionais”.
Ao jornal Público, Pedro Folgado adiantou ainda que “em Lisboa optaram por criar um fundo em que cada câmara coopera com ´x´. Também estamos a estudar esse modelo e a possibilidade de cada uma das câmaras do Oeste contribuir com um ‘x’, de modo a minimizar o impacto financeiro nas famílias. Não sei se vamos conseguir chegar aos valores da AML. Estamos a fazer esses estudos, é urgente resolver, porque no dia 1 entra já em vigor o novo sistema na AML”.
“Não faz sentido uma pessoa que circule na AML pague um valor e fora da AML pague outro completamente diferente. No limite vai ter que ser através dos orçamentos das próprias câmaras e da cooperação num modelo a definir para estes passes sociais”, concluiu o presidente da OesteCim.