As eleições europeias, já agendadas para o dia 26 de maio de 2019, serão, para o líder socialista, secretário-geral António Costa, as mais importantes de sempre.
A Federação Regional do Oeste marcou presença em Vila Nova de Gaia, sábado, dia 16 de fevereiro, na Convenção Nacional rumo às Eleições Europeias, com o mote “Que Europa no futuro do nosso país?”. Iniciativa organizada pelo Partido Socialista (PS), com o Partido Socialista Europeu.
As eleições europeias, já agendadas para o dia 26 de maio de 2019, serão, para o líder socialista, secretário-geral António Costa, as mais importantes de sempre, devido ao crescimento das forças nacionalistas e populistas.
Este argumento foi sublinhado tanto por Manuel Pizarro, Presidente da Federação do PS do Porto, anfitrião, assim como por Pedro Silva Pereira. Apontaram e reforçaram o “extremo perigo” para a Europa daquelas forças. Pedro Silva Pereira, destacou não só a preocupação com o nacionalismo populista eurocético, como a clivagem do centro direita que recusa a solidariedade europeia, por traduzirem ambos uma forma de egoísmo, “destrutiva” para o projeto europeu.
Carlos César, Presidente Socialista e líder parlamentar do PS afirmou: “Ganhámos voz na Europa. É uma voz que se deve à governação responsável e bem-sucedida do Partido Socialista, e essa autoridade que advêm da boa governação e dos bons resultados merece ser empenhada no voto dos portugueses nestas eleições”. Por mais defeitos que a Europa tenha, Carlos César recordou que, sem ela e sem Portugal estar nela inserido, não poderia hoje trabalhar, viver e circular
livremente pelos diferentes países.
Eduardo Ferro Rodrigues, Presidente da Assembleia da República e antigo líder socialista, que também interveio na Convenção Nacional, abordou que “o populismo esconde deliberadamente as verdadeiras causas das desigualdades sociais e territoriais, escolhe alvos fáceis como o emigrante, a Europa, ou as identidades minoritárias”, disse Ferro Rodrigues. “Os novos movimentos populistas não são mais do que as novas vestes da velha extrema-direita racista, autoritária e violenta”.
Mário Centeno afirmou e sublinhou: “Não foi a austeridade que fez a Europa. Foi a solidariedade. Foi a partilha de sonhos. Foram as conquistas sociais”. Salientou também a importância de a moeda única, o euro, celebrar 20 anos e necessitar de um passo concreto e sólido rumo à União Económica Monetária.
Frans Timmermans, o candidato dos socialistas europeus, que também interveio na Convenção do PS, partido que considerou “inspirador” para si próprio e para a Europa, defendeu que “Portugal é um exemplo para a Europa” e é fundamental que haja uma mobilização “nas eleições [de maio] sobre a verdadeira alma da Europa.”
António Costa definiu o PS como o partido que “mais ama a Europa”. “A Europa foi o nosso primeiro amor e nunca duvidámos dele”, declarou, acrescentando que o seu partido é mesmo o que “melhor defende a Europa”. A fim de justificar a escolha de Pedro Marques para cabeça de lista – a quem cedeu depois o palco para encerrar a Convenção, o secretário-geral afirmou que o PS sempre escolheu “os melhores dos seus quadros” e “dos seus recursos”.
O cabeça de lista do PS às eleições europeias, Pedro Marques, definiu-se como um jovem “nascido numa freguesia humilde e de gente trabalhadora”, afirmou que os socialistas não querem nem “a Europa da ‘Troika’ nem a Europa do Brexit’”, mas sim uma elaboração de um contrato social com mais emprego, menos desigualdades e contas certas. É necessário termos “uma Europa unida e solidária”.