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O Choupal sempre foi um dos espaços que caracterizou a cidade de Torres Vedras. Hoje, a par com o Parque Verde da Várzea, constitui-se como um dos pontos de passeio das famílias torrienses, apresentando-se como um baluarte de uma nova centralidade que se adivinha na cidade. Mas nem sempre foi assim e, por essa razão, o Torres Vedras Web lembra o antigo espaço do Choupal.

É no sopé do Monte de São Vicente, encimado pelo Forte com o mesmo nome, que encontramos o Parque Urbano do Choupal. E se a nova “roupagem” resulta de uma requalificação daquele espaço, terminada em 2015, convém não esquecer que a sua história remonta a outros séculos. Uma das primeiras referências que se conhecem encontra-se na obra “História do Varatojo”, de 1799, assinada por Frei Manoel de Maria Santissima.

“Nesta Villa (…) Della sahe huma vistosa rua para a ponte de El-Rei toda cercada, e copada de arvoredos; e outra igualmente vistosa, e formosiada de ambos os lados com arvores, sahe da mesma villa para o Templo, ou Sanctuario da Senhora do Amial, que se avista da Villa.”

A Ermida de Nossa Senhora do Ameal, que remonta, pelo menos, ao período visigótico, já era aqui referida. Sublinhe-se que a Ermida, classificada como património nacional, se encontra aberta ao público desde o início do último ano.

Imagens do Parque do Choupal antes de ser alvo da obra de requalificação, que se inseriu no programa Pólis.

Como Venerando Aspra de Matos lembra no blog Vedrografias, as referências a esta arborizada entrada na cidade sucedem-se ao longo da história, nos mais variados documentos. Após as Invasões Francesas, um Acórdão da Câmara de Fevereiro de 1814 viria a salvaguardar a defesa das árvores ali plantadas.

“(…) toda a Pessoa que cortar, arrancar, ou abalar alguma Arvore silvestre plantadas agora na Entrada desta villa em chão do concelho, e aonde já estiverão outras que pella ocazião das Invazões fes necessario o seu corte, será prezo por trinta dias, e da cadeia pagara seis mil reis por cada huma (…)”

Já nos anos 90 do século XX, o coreto, a fonte (que, ao contrário do primeiro, foi mantida e recuperada) e o ringue desportivo davam cor à entrada da cidade, sendo um local de convívio de várias gerações de torrienses. No entanto, o Choupal foi praticamente deixado abandono, com a sua consequente degradação a dificultar a fruição daquele espaço. A obra de requalificação do Choupal, que daria origem ao parque como hoje o conhecemos, foi concluída em Setembro de 2015.

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Pormenor do Parque Urbano do Choupal depois da obra de requalificação.

Há muito ansiado pela população, o projecto contemplou a modelação do terreno e a instalação de relva e de árvores, bem como de percursos ciclo-pedonais. Uma cafetaria, um espaço dedicado aos mais pequenos e uma área de estacionamento também compõem o Parque Urbano do Choupal, que é acessível através de uma ponte pedonal que o une ao Páteo Alfazema. O renovado espaço assume-se como “um ponto de partida para a reabilitação da zona norte da cidade”.

Imagens: Torres Vedras Antiga, Câmara Municipal de Torres Vedras, blog Vedrografias e Rita Alves dos Santos

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