
A Igreja de São Pedro é a mais antiga das quatro igrejas matrizes da cidade de Torres Vedras. Localizada no Largo com o nome do mesmo Santo, é classificada como monumento nacional desde 1910 e o Torres Vedras Web escreve hoje sobre a sua história.
Sabe-se da sua existência à época do reinado de Dom Afonso Henriques e de que foi alvo de reconstrução no início do século XVI, bem como após o terramoto de 1755.
Três naves dão forma ao corpo da Igreja. Uma abóbada de berço cobre a nave central, enquanto as laterais apresentam abóbadas de cruzaria. O altar-mor, que se distingue pela talha dourada, data de 1683. As colunas que o ladeiam apresentam as imagens de S. Pedro e de S. Paulo. Destaque-se ainda o tecto de madeira dourada e policromada, onde se encontram quatro telas dos Evangelistas assinadas por Bernardo de Oliveira Góis.
O portal, de tipo manuelino, é encimado pelas armas de Dona Maria, mulher de Dom Manuel I. E se a porta da fachada é de 1712, convém não esquecer a porta quinhentista na parede exterior norte, bem como a de tipo manuelino que provem de uma capela no Turcifal demolida no século XX.
Já a sacristia comunica com a sala da Casa da Irmandade dos Clérigos Pobres. Foi ali que funcionou o Museu Municipal, em 1929, e onde agora se encontra o Cartório Paroquial.
Acarinhada pelos torreenses, a Igreja de São Pedro é vista por muitos como uma das mais belas da cidade. Para isso, acreditamos que contribui a diversidade de azulejos que lá se encontram: dos quinhentistas aos painéis do século XVIII.
A tripla tiara papal e as chaves do paraíso, atributos de São Pedro, encontram-se no tecto junto à entrada da Igreja. Mas desde 29 de Junho do ano passado que uma estátua dedicada ao santo – patrono da Feira anual que marca o concelho torreense -, da autoria de João Castro Silva, se encontra junto à sua entrada. A fachada de acesso ao monumento bem como a Praça de Wellington, nas traseiras, foram recentemente alvo de requalificação.
O túmulo de João Lopes Perestrelo, companheiro de Vasco da Gama na sua viagem à Índia, é um dos muitos que se encontram nesta Igreja. Junto ao guarda-vento encontra-se ainda a sepultura de Mouzinho de Albuquerque, militar morto na batalha de Torres Vedras em 1846.