A Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) assinalou na sexta-feira o Dia Europeu do Desporto Escolar com uma ação do projeto “O Ciclismo Vai à Escola”, na Escola Pedro de Santarém, Lisboa.
“Ensinar a pedalar é fundamental, mas é urgente rever a presente exclusão da cobertura do seguro escolar, para abranger deslocações entre a residência e a escola do aluno que prefere usar a bicicleta. Nunca o país investiu tanto em ciclovias e em bicicletas partilhadas, no sentido de promover a mobilidade ativa, e esta exclusão está desajustada desta estratégia. Que sinal queremos dar aos pais? Trata-se de uma medida de alcance prático significativo, que o próximo Orçamento de Estado já deveria acautelar”, afirma Sandro Araújo, vice- presidente da FPC.
A FPC também defende a inclusão do ciclismo como matéria nuclear do currículo de Educação Física, tendo apresentado junto das entidades competentes um parecer contendo uma proposta concreta, em articulação com os professores ligados ao projeto “O Ciclismo vai à Escola”.
“A própria OMS está empenhada em promover a prática quotidiana do ciclismo, como forma de combater o sedentarismo e a obesidade, e a Escola tem obrigação de dotar os alunos das competências básicas para que o uso da bicicleta seja generalizado”, assinala Sandro Araújo.
No âmbito do Dia Europeu do Desporto Escolar, assinalou-se no Agrupamento de Escolas de Benfica o arranque do maior projeto escolar nacional para ensinar a pedalar os alunos do ensino básico e secundário, com a presença de representantes da FPC, Direção-Geral da Educação / Desporto Escolar e Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares. Foi nesta mesma escola, Pedro de Santarém, que a FPC e a Direção-Geral de Educação assinaram um protocolo de colaboração, há cerca de um ano.
O Projeto “O Ciclismo vai à Escola” conta agora com uma frota com mais 90 bicicletas, que estão ao serviço dos sete agrupamentos escolares de todo o país que integram o projeto-piloto com a DGE, no âmbito do Programa Nacional de Ciclismo Para Todos. A iniciativa será progressivamente alargada a outros municípios, num modelo de colaboração local, encontrando-se em fase de arranque também na Figueira da Foz, Santo Tirso e Vila Franca de Xira, alcançando mais de 10000 alunos no presente ano letivo.