O Geoparque Oeste passa a ser o sexto Geoparque Mundial da UNESCO em Portugal.
O território do Geoparque Oeste foi reconhecido como Geoparque Mundial da UNESCO, no dia 27 de março. Esta chancela é concedida pela Rede Global de Geoparques e validada pelo Conselho Executivo da UNESCO a este território que integra os municípios de Torres Vedras, Lourinhã, Bombarral, Cadaval, Peniche e Caldas da Rainha.
O Geoparque Oeste passa a ser o sexto Geoparque Mundial da UNESCO em Portugal, e um dos mais de 200 territórios com esta chancela em todo o mundo.
Para João Serra, presidente da Direção da AGEO – Associação Geoparque Oeste, “este é um momento histórico para a região Oeste, mas sobretudo para estes seis municípios que vêem agora todo o seu território e produtos reconhecidos pela UNESCO. Acredito que este não é apenas um momento importante, será certamente a primeira pedra de um legado para as futuras gerações, pois passarão a olhar para o seu património natural e local como algo de excecional e único.”
O coordenador executivo do Geoparque Oeste, Miguel Reis Silva, afirma que “este reconhecimento é fruto do trabalho, da vontade, da visão e ambição dos municípios que integram o Geoparque Oeste, pois sempre acreditaram que esta é a estratégia de desenvolvimento regional que devem preconizar, alicerçada na geologia, na biodiversidade, no respeito e promoção das tradições, dos costumes e das pessoas que são o rosto deste Oeste único. O que a UNESCO hoje reconhece não é só o património, é acima de tudo a identidade de um território com história e com vontade de mostrar que é no pensar local que está a valorização do que é seu e no bem receber a quem nos visita.”
O Geoparque Oeste é assim reconhecido por mais de uma dezena de espécies únicas de dinossauros, pelos quatro ninhos de dinossauros, por um dos pontos estratigráficos de referência mundial – a Ponta do Trovão, pelas suas áreas protegidas, mas também pela presença do Homem nos primórdios das civilizações, pela sua história, costumes e tradições, que remontam do início da constituição de Portugal como nação.
A Associação Geoparque Oeste – AGEO foi criada em 2018 tendo em 2019, nomeado como coordenador executivo Miguel Reis Silva e como coordenador científico Nuno Pimentel. Ainda nesse ano iniciou-se o processo de constituição da equipa técnica e científica. Em 2020, a equipa técnica e científica iniciou os trabalhos de diagnóstico e pesquisa relacionados com os geossítios, mas também um conjunto de atividades que permitiram o desenvolvimento do mapa de geossítios, dos catálogos de programas educativos e programas turísticos, assim como a criação de redes de trabalho e parceria por todo o Geoparque Oeste. Em 2022 foi submetida a candidatura à Rede Global de Geoparques, seguida da visita técnica ao território dos avalidores desta Rede em 2023. Em setembro desse ano a Comissão Executiva da Rede Global de Geoparques aprovada a candidatura que apresenta mais de 440 referências bibliográficas e 15 geossítios de reconhecimento internacional. Em 2024 é atribuída a chancela de Geoparque Mundial da UNESCO.