IP vai estudar localização alternativa para subestação elétrica da Linha do Oeste
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A Infraestruturas de Portugal (IP) vai estudar uma localização alternativa à prevista para a subestação elétrica de Runa da Linha do Oeste, que está a ser contestada pela população, foi hoje anunciado, após uma reunião com autarcas de Torres Vedras.

Na reunião, a IP deu “o seu acordo em aprofundar a análise de uma solução alternativa, na mesma zona, mas do lado oposto ao da via férrea, já anteriormente estudada, mas que, na opinião dos presentes, se apresenta como menos impactante” para a subestação, referiu a empresa em nota de imprensa.

A IP vai também lançar concurso “ainda este ano” para o projeto de execução de uma passagem superior para suprimir a passagem de nível existente, com o intuito de reforçar a segurança rodoviária e ferroviária em Runa.

A empresa comprometeu-se ainda a estudar os impactos e os benefícios de aproximar a estação de comboio da localidade de Runa e, se for viável, o município de Torres Vedras assume a execução das ligações pedonais e do parque de estacionamento até à nova estação.

A reunião foi mantida com o presidente e vereadores da câmara municipal, presidente da assembleia municipal e Movimento de Cidadãos para a Defesa da Freguesia de Runa.

Para a modernização e eletrificação da linha, é necessário construir uma subestação elétrica de tração que, “por questões de ordem técnica decorrentes da alimentação elétrica da Rede Ferroviária Nacional, tem de se situar entre os quilómetros 58 e 59 da Linha do Oeste, isto é, nas proximidades de Runa e Penedo”.

Por se tratar de uma zona inundável adjacente à linha, adiantou a IP, “a disponibilidade de áreas para a instalação da subestação é muito limitada”, motivo pelo qual foi escolhida uma localização próxima de acessos rodoviários e com pouca concentração de habitações, para minimizar os impactos, “nas proximidades da localidade de Runa junto à Rua Quinta do Penedo”.

A empresa esclareceu que entre o limite da futura subestação e a Rua Quinta do Penedo, “foi definida uma larga área de afastamento, para minimizar a proximidade desta instalação com a habitação ali existente”, depois de efetuada a Avaliação de Impacto Ambiental.

Os equipamentos de muita alta tensão vão encontrar-se a cerca de 83 metros da habitação mais próxima, “uma distância perto do dobro do exigido por lei”.

Relativamente às questões levantadas a respeito do interesse arqueológico do local, no âmbito dos estudos ambientais elaborados em fase de projeto, foi feito todo o levantamento, não tendo sido detetado qualquer vestígio arqueológico na área de implantação da subestação de Runa.

Ainda assim, a IP vai realizar sondagens arqueológicas exaustivas antes do início da obra e fazer o acompanhamento arqueológico, durante a sua execução.

O projeto de modernização da Linha do Oeste está dividido em duas empreitadas, sendo a primeira de eletrificação e modernização do troço entre Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras (61,7 milhões de euros), e a segunda para modernização e eletrificação do troço entre Torres Vedras e Caldas da Rainha (40 milhões de euros).

A construção da subestação foi iniciada em outubro de 2020 e deverá ficar concluída no primeiro trimestre de 2023, enquanto as obras de modernização entre Meleças e Torres Vedras começaram em novembro e têm um prazo de execução de dois anos.

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Agência Lusa
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