
No passado domingo, 15 de dezembro, o Sport Clube União Torreense deslocou-se até ao Estádio Municipal de Leiria para defrontar o União de Leira, num jogo a contar para a 14ª jornada do Campeonato de Portugal, série C. O jogo terminou com um empate (1-1).
No entanto, o jogo não arrancou da forma habitual. Os jogadores do União de Leiria decidiram protestar contra os três meses de salários em atraso ficando imóveis e abraçados durante um minuto de jogo.
A formação de Torres Vedras alinhou no protesto e assim que o árbitro deu o apito inicial, a equipa entregou a bola aos jogadores de Leiria que se abraçaram e ficaram parados durante um minuto.
O jogadores do União de Leiria aproveitaram o facto do jogo estar a ser transmitido no Canal 11 e arranjaram esta forma de protestar face aos salários em atraso.
Esta segunda-feira, o Sindicato dos Jogadores emitiu um comunicado, solidarizando-se com o protesto dos jogadores do Leiria:
“O Sindicato dos Jogadores vem, em articulação com o plantel da União de Leiria, Futebol SAD, tomar posição pública sobre a situação de incumprimento salarial que se tem manifestado ao longo da presente época 2019/20. Após reiteradas promessas da administração da União de Leiria, Futebol SAD, todas incumpridas, os futebolistas solicitaram a intervenção do Sindicato dos Jogadores. Agradecendo, desde já, a solidariedade da equipa do Torreense, neste momento particularmente difícil, o plantel da União de Leiria, Futebol SAD faz saber que a paragem no primeiro minuto do jogo de ontem foi realizada em protesto pela referida situação de incumprimento salarial”, surge escrito.
“O Sindicato dos Jogadores chama a atenção de todos os agentes desportivos, e em particular das entidades que tutelam o futebol em Portugal, para os problemas estruturais do Campeonato de Portugal e a ausência de um modelo de licenciamento e controlo financeiro que proteja direitos fundamentais como é o direito ao salário, comprometendo a própria integridade da competição”, acrescenta.
Imagem: Diário de Notícias