Lançado concurso de 1,6ME para remodelar estação de águas residuais de Arruda dos Vinhos
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A Águas do Tejo Atlântico lançou um concurso de 1,6 milhões de euros para remodelar a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Arruda dos Vinhos, para minimizar a poluição no rio Grande da Pipa, afluente do Tejo.

O procedimento concursal, a que a agência Lusa teve hoje acesso, refere que se trata de uma empreitada que engloba a elaboração do projeto e respetivas obras de construção e de remodelação da ETAR de Arruda dos Vinhos, no distrito de Lisboa, com um prazo de execução de 17 meses.

Em julho, a empresa explicou à Lusa que o projeto inclui a melhoria do tratamento existente e a construção de novos equipamentos, nas fases líquida e sólida.

Por vezes, são avistadas manchas brancas ou águas escuras no rio Grande da Pipa, um dos principais afluentes do rio Tejo, e sentidos maus cheiros oriundos do rio pela população.

“Recentemente, de forma ocasional, o efluente que tem chegado à ETAR contém também uma substancial carga industrial de origem desconhecida que leva à degradação da qualidade de descarga face ao habitual”, admitiu a empresa.

Várias situações têm sido relatadas aos municípios, ao Ministério do Ambiente e até ao Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente da GNR.

O presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos, André Rijo, disse à Lusa que, desde 2014, tem vindo a trabalhar com a empresa para a “resolução das deficiências da ETAR através da ampliação da sua capacidade de tratamento”.

Em funcionamento desde 2004, a ETAR foi projetada para tratar águas residuais domésticas de oito mil habitantes do concelho, cujo tratamento se mantém “eficaz” para este tipo de efluentes, esclareceu.

Depois de introduzidas alterações no sistema de tratamento, passou em 2014 a receber também efluentes da Zona Industrial das Corredouras, que antes eram descarregados diretamente para a linha de água.

Contudo, ocorrem descargas industriais não controladas, que, por não terem o devido pré-tratamento à chegada à ETAR, diminuem a eficiência do tratamento, explicou a empresa.

O problema levou o município a intervir junto das indústrias locais, estando empresa e autarquia a trabalhar em conjunto na identificação das indústrias responsáveis por essas descargas ilegais.

A câmara está também a efetuar análises às águas residuais de todas as empresas que descarregam para a rede para identificar as incumpridoras.

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Agência Lusa
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