Livros e folia juntam centenas de autores e artistas no Festival Literário de Óbidos
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Centena e meia de sessões literárias, 37 conferências, 36 espetáculos e 14 exposições reúnem, em Óbidos, 459 autores e criadores para a programação do Fólio – Festival Literário Internacional, que decorre de 15 a 25 de outubro.

“O melhor da cultura lusófona e mundial estará em Óbidos”, garante o presidente da autarquia, Humberto Marques, que durante os onze dias de festival promete surpreender os visitantes com um programa que incluiu, além dos eventos ligados ao livro, música, teatro, cinema, exposições, aulas e ‘workshops’.

O programa arranca na quinta-feira com mais de vinte eventos a decorrer ao longo de todo o dia, mas será a apresentação da viagem do Elefante Salomão, uma estrutura inspirada na obra de José Saramago, criada pelo grupo Trigo Limpo – Teatro ACERT, que marcará a inauguração do festival do qual será mascote,

Pela primeira vez, o espetáculo será dividido por cinco dias, em cada um dos quais será apresentada uma parte da história, à luz de tochas e da lua.

A inauguração do Photocall, uma exposição de caricaturas de escritores, e um concerto de António Victorino D’Almeida são outros dos momentos altos da inauguração do festival que mobilizará, na vila, 459 criadores, dos quais 56 ilustradores, que protagonizam as 154 sessões literárias, as 37 conferências, 36 espetáculos e 14 exposições que completam o programa.

Organizado em cinco capítulos (FOLIA, FOLIO Autores, FOLIO Educa, FOLIO Ilustra e FOLIO Paralelo), o evento será palco de lançamentos de livros, debates, mesas redondas, entrevistas, sessões de autógrafos e conversas (improváveis, segundo a organização), entre cerca de uma centena de escritores e os leitores.

Entre os autores confirmados contam-se, por exemplo, os brasileiros Luiz Fernando Veríssimo e Sidarta Ribeiro, os moçambicanos Mia Couto e Ungulani ba ka Kossa, o angolano Rafael Marques e o cabo-verdiano José Luíz Tavares.

Estão igualmente entre os convidados a norte-americana Rachel Kushner e o norte-americano residente em Portugal Richard Zenith, a cubana Karla Suarez, o espanhol Javier Cercas e o tradutor holandês Harrie Lemmens, divulgador da literatura em língua portuguesa, que escreveu “Deus é brasileiro”.

João Tordo, Gonçalo M. Tavares, José Pacheco Pereira, Ferreira Fernandes e Ricardo Araújo Pereira são outros participantes nos encontros de Óbidos.

Ao capítulo dos autores junta-se o da “folia”, num cartaz marcado por espetáculos com programas inéditos, como António Zambujo e Mayra Andrade, a cantarem Caetano Veloso, Cristina Branco e o Trio de Mário Laginha, a interpretarem Chico Buarque, o brasileiro Gregório Duvivier, de A Porta dos Fundos, a declamar poesia, ou o pianista Filipe Raposo, num concerto a seis mãos, “ilustrado”, em tempo real, com a projeção, numa parede, de palavras escritas por Ondjaki e desenhos feitos por António Jorge Gonçalves.

Para Óbidos, Diogo Infante regressa à “Ode Marítima”, de Fernando Pessoa/Álvaro de Campos, numa versão do espetáculo que estreou há dois anos no Teatro S. Luiz, em Lisboa.

Cinema, exposições e esplanadas literárias são outras das vertentes do Folio, que, no programa, conta ainda com aulas sobre diversos autores, o Seminário Internacional Educação, Leitura, Literatura, organizado em parceria com o Centro de Formação Centro-Oeste e o apoio da rede de bibliotecas escolares, e A PIM! – Mostra de Palavras, Ilustração e Movimentos de Leitura, que reúne criadores portugueses e brasileiros, na área da literatura infanto-juvenil, com uma coleção ímpar de ilustrações originais de livros editados.

O Festival em que a autarquia investiu meio milhão de euros (comparticipados por fundos comunitários), tem como curadores José Eduardo Agualusa, Anabela Mota Ribeiro, Teresa Calçada, Maria José Vitorino, Mafalda Milhões e José Pinho, coordenador do projeto Óbidos Vila Literária.

A entrada nas mesas com escritores tem um custo de cinco euros e, nos concertos, 12 euros.

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Agência Lusa
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