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Programa de criação e apresentação artística voltou ao Concelho.

Pelo segundo ano consecutivo o programa MAPAS passou pelo concelho de Torres Vedras.

Refira-se que este é um programa multidisciplinar de criação e apresentação artística concebido pela Omnichord, estrutura artística gerida pela CCER MAIS, CRL, no âmbito do qual se trabalha em formato de residências de criação artística, cujo eixo central é a colaboração. MAPAS conta em cada território por onde passa com o envolvimento de diversos artistas (locais e de outras geografias), das organizações e das comunidades residentes, proporcionando nas suas passagens um conjunto de criações que se destinam a públicos diversos. 

Este ano as atividades do MAPAS no concelho de Torres Vedras aconteceram nos três primeiros dias do corrente mês de novembro, tendo a primeira se realizado na noite do dia 1 de novembro, na Ereira, mais concretamente na associação de moradores dessa localidade pertencente ao território da União das Freguesias do Maxial e Monte Redondo. Essa atividade teve início com a exibição da curta-metragem A Vid’Ereira (um trabalho produzido pela Casota, no qual crianças da Escola Básica da Ereira abordam a sua experiência de vivência na zona da Ereira e partilham reflexões, pensamentos, sonhos e desejos), a que se seguiu uma “Conversa d’Aldeia” que teve como base o filme visionado.   

Na manhã do dia seguinte o MAPAS “viajou” até ao centro de Torres Vedras, mais especificamente até à Praça 25 de Abril, local a partir do qual se proporcionou um “Passeio de Sensações”, concebido pelo paisagista sonoro Luís Antero e pelo utente e técnico do Gabinete de Apoio à Deficiência Visual do Município de Torres Vedras, Leonel Alves. Este passeio, efetuado sem recurso ao sentido da visão, baseou-se num novo mapa criado por Leonel Alves para a sua vida (entre casa, trabalho e vida social), que na ocasião relatou a sua experiência de realização do périplo. Após o “Passeio de Sensações” teve lugar um “Concerto para olhos vendados”, concebido também por Luís Antero, e com o qual se pretendeu igualmente levar os participantes a focarem-se nos sons urbanos e da envolvente.

Já no período da tarde do dia 2 de novembro o MAPAS “visitou” o Largo Madre Deus, na Zibreira, tendo a atividade se iniciado com uma nova apresentação do “Concerto para olhos vendados”, a que se seguiu um concerto com sonoridades de música tradicional levado a cabo pelo grupo Modo Vilão. A passagem este ano do MAPAS pela Zibreira (localidade pertencente ao território da União das Freguesias de Carvoeira e Carmões) chegou ao seu término com o concerto/residência Corrente d’Ar, o qual juntou a Ondamarela, a Sociedade Filarmónica Ermegeirense e o Gabinete de Apoio à Deficiência Visual do Município de Torres Vedras, e que unindo som, toque e criatividade, facultou uma experiência sensorial em que a música e a arte se tornaram numa corrente viva que atravessou barreiras. De referir ainda que no âmbito da atividade esteve patente uma instalação denominada Mais que uma Revista.

No dia seguinte o Parque Verde da Ermegeira acolheu a última atividade deste ano do programa MAPAS no concelho de Torres Vedras, a qual teve início pela manhã com um “Passeio Musicado”, em que as sonoridades da banda de música da Sociedade Filarmónica Ermegeirense se misturaram com as do meio natural, num ambiente sereno e aprazível. Após um piquenique a atividade prosseguiu pela tarde com um concerto da Orquestra Danada (um grupo musical recente, sediado nas Carreiras, criado com o objetivo de aglutinar, reunir, juntar e agregar músicos de diferentes quadrantes de música, mas com o interesse em partilhar novos repertórios, novas linguagens, criar e improvisar em grupo), tendo chegado ao fim com uma nova apresentação do concerto/residência Corrente d’Ar. Refira-se ainda que esta segunda passagem do MAPAS pela Ermegeira incluiu também a apresentação de duas instalações no parque verde desta localidade do território da União das Freguesias de Maxial e Monte Redondo no período da tarde do dia 3 de novembro, denominadas As Árvores também falam e O Caminho do Vento.

Recorde-se que o programa MAPAS é um projeto financiado pela Direção Geral das Artes, que tem como principais objetivos: reduzir as assimetrias geográficas e de acesso através da dinâmica cultural; estimular a cena cultural local e os seus criadores, despertando novas colaborações, criando referências contemporâneas e valorizando repertórios; despertar a curiosidade do público, envolver a população nos processos artísticos, reforçar a identidade e a identificação da comunidade com a cultura; e criar espaços de convergência, revitalizando o encontro com a arte e contribuindo para um desenvolvimento sociocultural sustentável.

Na segunda passagem do MAPAS pelo concelho de Torres Vedras a Câmara Municipal de Torres Vedras foi entidade coprodutora e financiadora, tendo as juntas de freguesia da União das Freguesias de Carvoeira e Carmões e da União das Freguesias de Maxial e Monte Redondo sido entidades parceiras. A Sociedade Filarmónica Ermegeirense, a Ondamarela, o Gabinete de Apoio à Deficiência Visual do Município de Torres Vedras, Luís Antero, Carlos Roxo, o grupo cénico da Associação Dramática e Recreativa de Carreiras, Joana da Lua, a Orquestra Danada, o grupo Modo Vilão, Casota e a Associação de Moradores da Ereira foram parceiros e agentes envolvidos.

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