Município de Torres Vedras adia Museu do Brinquedo e nova Biblioteca
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A Câmara de Torres Vedras, no distrito de Lisboa, decidiu hoje em reunião adiar o projeto do Museu do Brinquedo e da nova biblioteca e cancelou o contrato com os arquitetos que tinham sido selecionados.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da câmara, Carlos Bernardes, disse que “não desiste, mas adia o projeto”.

Na reunião de câmara, à porta fechada, o executivo municipal aprovou por unanimidade a resolução do contrato que mantinha com a equipa projetista.

Na proposta, a que a agência Lusa teve acesso, a autarquia justifica a decisão com a “incapacidade financeira de vir a realizar a obra por meios próprios” e com a “inexistência de linhas de financiamento comunitário”.

Por outro lado, explica que, face à dinâmica no mercado da construção civil, tem havido um “incremento do valor do preço por metro quadrado de construção”, deixando os concursos públicos desertos e obrigando a autarquia a rever outros projetos planeados “para assegurar o financiamento comunitário” aprovado.

Em conferência de imprensa, o vereador do PSD Marco Claudino criticou a decisão, afirmando que a mudança “mostra falta de planeamento e de gestão” e obriga o município a um gasto de cerca de 100 mil euros, e propôs a venda da coleção de brinquedos, adquirida pelo município há vários anos.

A equipa de arquitetos tinha concluído o estudo prévio do projeto, que foi apresentado em 2018.

Nessa ocasião, o município chegou a anunciar um investimento de 5,8 milhões e a sua conclusão para 2023.

Previsto para o espaço da antiga fábrica de metalurgia “Casa Hipólito”, o projeto desenvolvia-se “em torno de uma praça” a que se ligam os três blocos do edifício que albergaria a biblioteca e o museu, visando “dar uma nova dinâmica ao centro histórico”, explicaram os arquitetos.

A biblioteca, que ocupa atualmente as instalações de uma antiga moagem, tinha tido, em 2017, 59.241 utilizadores”, número que o presidente da câmara, Carlos Bernardes, considerou sustentar a necessidade de investir num novo espaço para ter mais utilizadores.

Já o Museu do Brinquedo albergaria a exposição permanente de uma coleção privada de brinquedos e desenvolver-se-ia com base no conceito “kids lab”, em que “o centro seria a criança e o brinquedo a ferramenta de interação com ela”, podia ler-se na memória descritiva do projeto.

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Agência Lusa
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