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O Município de Torres Vedras tem vindo a reduzir o consumo da água e de electricidade. Esta é uma das conclusões do Relatório de Sustentabilidade apresentado esta Quinta-Feira por Carlos Bernardes, Presidente da Câmara Municipal, e José Carlos Ferreira, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL) e coordenador do relatório. O estudo centra-se entre 2010 e 2015, avaliando factores tão distintos como a actividade interna da autarquia, as energias renováveis, a oferta dos serviços, os investimentos na área ambiental ou a gestão de recursos hídricos. Um total de 162 páginas que resulta do trabalho com a Sociedade do Conhecimento e a UNL e que  traça o retrato de um Município que se quer afirmar como sustentável e que tem recolhido distinções na área ambiental.

“A sustentabilidade tem sido um dos fios condutores da gestão do Município de Torres Vedras.” Carlos Bernardes aponta uma redução de cerca de 4% na factura da energia municipal em três anos. Um balanço que resulta, a título de exemplo, da factura da energia do Edifício Multiserviços, na Avenida 5 de Outubro: dos 604 mil quilowatts consumidos em 2010, o consumo energético baixou para 414 mil, em 2015. Já a água atingiu o consumo mais baixo no último ano, com cerca de 283 mil metros cúbicos, que contrastam com os cerca de 312 mil registados há cinco anos. Números que parecem confirmar uma “tendência de maior eficiência” e que são reflexo dos galardões que têm vindo a ser acumulados. “Todos os consumos da Autarquia têm vindo a reduzir substancialmente” conclui José Carlos Ferreira.

Município de Torres Vedras reduz consumos de água e de energia
O Instituto Cidades e Vilas de Excelência atribuiu a bandeira de excelência ao Município de Torres Vedras, que agora se encontra no segundo nível desta distinção.

“O município está no caminho da sustentabilidade” avança o responsável pelo estudo, que não deixa de notar que ainda existe “uma área grande de melhoria.” O académico aponta que a poupança nas facturas da água e da energia permitem canalizar fundos para o apoio a famílias e lança o desafio para o desenvolvimento de um sistema interno de monitorização. Este é um relatório “mais exigente e mais completo” do que aqueles a que as autarquias geralmente recorrem, uma forma de “prestar contas da actividade e do seu desempenho” que é utilizado de forma recorrente pelo mundo empresarial.

Carlos Bernardes considera tratar-se de uma ferramenta que “analisa e monitoriza o desempenho interno” e que permite ao “Executivo Municipal ter informação útil disponível para as tomadas de decisão”. O objectivo final, garante, passa por assegurar a qualidade de vida de quem reside no concelho e dos investidores na região. Segundo dados de 2013 que integram este relatório, Torres Vedras é um dos municípios do Oeste com maior poder de compra per capita, apenas superado pelo Sobral de Monte Agraço.

A manhã ficou ainda marcada pela atribuição da bandeira de excelência, no âmbito da mobilidade, pelo Instituto Cidades e Vilas de Excelência. Um galardão que resulta de um “trabalho de continuidade e muita persistência”, que o edil associa ainda ao desenvolvimento da Agenda 2030 e ao futuro Plano Municipal de Gestão de Resíduos. A aposta na reciclagem parece também estar em cima da mesa durante o próximo ano, com o autarca a desejar que os indicadores sobre a separação de resíduos possam aumentar. A árvore de Natal que se encontra a ser construída na Praça da República, feita de paletes de madeira reciclada, parece simbolizar, precisamente, essa aposta, assim como o sistema de iluminação desta quadra natalícia, que irá contar com energia led.

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Rita Alves dos Santos
Jornalista. Natural de Torres Vedras. Licenciada em Ciências da Cultura na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Pós-Graduada em Jornalismo Multiplataforma. Mestranda em Jornalismo da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

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