
Os concelhos de Coimbra e Leiria lideram com oito “empresas gazela” cada, seguidos dos municípios de Aveiro (sete), Torres Vedras (cinco) e Viseu (cinco).
Trata-se de empresas jovens “que num curto período de tempo apresentam um crescimento acelerado no emprego e no volume de negócios”, explica a CCDRC em comunicado.
“Compreender o dinamismo e o sucesso destas empresas é uma prioridade para a região Centro e um importante indicador para as políticas públicas”, afirma a presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, defendendo que importa multiplicar estes exemplos “numa região em que parte da sua riqueza reside na diversidade”.
“No setor empresarial regional, a diversidade é notória quer em termos de atividades económicas, das mais tradicionais às mais inovadoras, quer na dimensão das suas empresas”, acrescenta Ana Abrunhosa, citada na nota.
As 95 “empresas gazela” do Centro de Portugal vão ser distinguidas pela sua “capacidade empreendedora” numa cerimónia que a CCDRC realiza em Leiria, na terça-feira.
Elas representam “uma reduzida percentagem do universo das empresas” da região, mas estão “presentes em todos os setores de atividade, diferenciando-se também pelo seu posicionamento nos mercados e pela sua capacidade de gestão e de risco”.
Criadas na sua maioria (55%) entre 2013 e 2014, essas empresas “são responsáveis por estimular a economia e contribuem decisivamente para a coesão e a competitividade da região”.
As “empresas gazela” são reconhecidas pelo seu “elevado potencial para gerar novos postos de trabalho”, tendo em três anos triplicado o número de trabalhadores, que passou de 967 em 2014 para 3.063 em 2017, segundo um estudo que a CCDRC promoveu pelo sétimo ano consecutivo.
“O volume de negócios cresceu de forma significativa (388%) entre 2014 e 2017, comprovando que mesmo em anos de maiores constrangimentos estas empresas conseguem continuar a expandir as suas atividades, pois faturaram 66 milhões de euros em 2014 e 324 milhões de euros em 2017”, refere.
“O total de exportações destas empresas somava cerca de 83 milhões de euros, em 2017, o que representava, em termos médios, 26% do volume de negócios”, revela.
Um quarto destas empresas labora na área das indústrias transformadoras e, em conjunto com as atividades da construção (19%) e do comércio (17%), representa 61% das “empresas gazela” no Centro.
“Em termos de distribuição geográfica, estão bastante disseminadas pelo território, repartindo-se por 41 municípios”, de acordo com o estudo.
Os concelhos de Coimbra e Leiria lideram com oito “empresas gazela” cada, seguidos dos municípios de Aveiro (sete), Torres Vedras (cinco) e Viseu (cinco).
Em 2017, o concelho de Torres Vedras contabilizava sete Empresas Gazela.
Há sete municípios com três cada um: Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Caldas da Rainha, Estarreja, Ílhavo e Mangualde.
“No final de 2018, 61% das empresas gazela que se candidataram aos sistemas de incentivos do Portugal 2020 estavam já a ser apoiadas, num total de 32 projetos, 27 dos quais do Centro 2020, que representam 17 milhões de euros de investimento e oito milhões de euros de incentivo”, adianta a nota.