
Com um custo de 2,5 milhões de euros, a empreitada engloba a reparação de duas zonas do IP6, no distrito de Leiria.
As obras de reparação do Itinerário Principal 6 (IP6) entre Óbidos e Peniche vão começar na terça-feira e vão decorrer até ao final do ano, anunciou hoje a empresa Infraestruturas de Portugal (IP).
Com um custo de 2,5 milhões de euros, a empreitada engloba a reparação de duas zonas do IP6, no distrito de Leiria: junto do viaduto do Olho Marinho, ao quilómetro 13,6, e na zona de aterro entre os quilómetros 14,1 e 14,4.
Nas frentes de obra, vão ser construídos muros de suporte em betão armado, fundados sobre estacas, cobertos por solos compactados para evitar o deslizamento de terras.
Com esta intervenção, a IP acredita conseguir “a reposição integral das condições de mobilidade e segurança no trajeto entre Peniche e Óbidos” daquela via.
Em abril, o Tribunal de Contas deu visto à empreitada, que esteve para começar em meados de maio.
Fonte oficial da IP explicou à agência Lusa que o Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres solicitou documentos à IP que vieram atrasar o início da obra.
O troço em causa está desde 2017 encerrado ao trânsito, devido à abertura de fendas no pavimento.
O trânsito foi fechado e a circulação em ambos os sentidos passou a fazer-se pela faixa de rodagem contrária e com condicionamento de velocidade, na sequência de um acidente ocorrido em meados de junho de 2017, em que o despiste de um veículo foi causado pela existência de fendas que atingem uma altura de 60 centímetros e uma largura de 20 centímetros.
A IP, responsável pela conservação da via, esclareceu que, devido a “características específicas no subsolo”, os abatimentos do piso “foram sendo alvo de correção”, mas que a resolução do problema só poderia ser feita depois de conhecidos os resultados de um estudo geotécnico encomendado também em 2017.
O concurso público foi lançado em abril de 2018 e, já este ano, a empreitada foi adjudicada, mas o contrato aguardava autorização do Tribunal de Contas.
Numa das últimas sessões da Assembleia Municipal de Peniche, o presidente da Junta de Freguesia da Serra d’El Rei, Jorge Amador, reafirmou a sua “preocupação pela não evolução da obra e pela situação em que se encontra a via”.
O autarca alertou que “aquela via deve ser olhada com muita responsabilidade, porque ninguém quer que se repita na região o que aconteceu em Borba”, onde o deslizamento de terras e o colapso de uma estrada provocaram cinco mortos.