Uma criação e encenação de João André que trata precisamente dessa batalha muitas vezes infernal, entre querer e não suportar o Amor.
A peça Ode ao Amor ou Morte ao Sistema Límbico, da Companhia de Teatro Bruta, vai estar em cena no Teatro-Cine de Torres Vedras, no dia 13 de outubro, às 21h30.
A esperança de amar é necessária. É também míngua. É algo que nos transcende mesmo quando nos obrigamos a renunciá-la. Mesmo quando preferimos optar pela assexualidade, pela liberdade, ou talvez prisão, de sermos só nós. Temos de o fazer, temos de respirar, sentir, beijar, acariciar, chorar, sorrir, gargalhar, soluçar, correr.
O que sabemos nós afinal? Ode ao Amor ou Morte ao Sistema límbico trata precisamente dessa batalha muitas vezes infernal, entre querer e não suportar o Amor. Numa atribulada viagem, com paragens pelos géneros de Amor de Roland Barthes, brincamos com palavras de Shakespeare, tentando agarrar conclusões com a ajuda de Daniel Goleman. Acima de tudo, agarramos em nós próprios, nas nossas entidades, e escolhemos uma série de “sub-temáticas” de Amor: o Amor Paternal; o Amor Feliz; o Desgosto Amoroso; o Amor Trágico; o Poliamor; o Ciúme; a Carapaça; a Pluralidade de Géneros; o Primeiro Amor.
Afinal o que é o sistema límbico? Que influência tem ele no nosso comportamento? Apresentamos um puzzle por montar, espalhado numa mesa, desorganizado. Cabe a cada um organizar da forma que preferir.