Os 25 anos do Moto Clube de Torres Vedras
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“Tudo começou numa festa na discoteca Sociedade Anónima, na Ericeira. Eu tinha uma mota e estava ligado a esse mundo” conta José Luís Rufino, sócio número um do Moto Clube de Torres Vedras que, depois de passar por várias direcções, assume agora a liderança desta associação sem fins lucrativos, filiada na Federação Portuguesa de Motociclismo há dez anos.

O Moto Clube torriense assinala as Bodas de Prata esta semana com dois dias de festa na Expotorres. O Torres Vedras Web esteve à conversa com José Luís Rufino e José Silva, Secretário, que traçam a história do grupo até aos dias de hoje.

Em 1991, José Luís desconhecia a existência de outros clubes ligados ao motociclismo, como o de Sintra, o primeiro do género em Portugal. “Juntei-me com um grupo de malta de motas de Torres Vedras, e como tinha uma garagem aqui, lembrei-me de fazer um clube. Mostrei-lhes a garagem e juntámos ali 16 pessoas.” Tão simples como isto, explica, acrescentando, entre risos, que o requisito colocado aos novos sócios era a entrega de uma garrafa para o bar.

“O espaço começou a ficar pequeno” lembra, o que se compreende tendo em conta que o início dos anos 90 foi palco de um autêntico boom no que toca a amantes das duas rodas. “Naquela altura toda a gente comprava uma mota.” Foi ainda no arranque da década que o grupo se conseguiu fixar numa sede na Rua Dias Neiva, em Torres Vedras, com a ajuda do Grupo Fonsecas – cujo patrocínio sustentava metade do valor da renda. “Aí foi o grande salto do Moto Clube. Todas as semanas inscrevíamos imensos sócios… Chegámos a ter mais de 200!”

Dois anos depois, o apoio da empresa chegava ao fim, e o grupo confrontava-se com um valor insustentável. Com uma nova sede em Benfica, onde se fixou durante 18 anos, a associação via-se perante um novo desafio. O trabalho em torno das concentrações de motas em Santa Cruz canalizava todas as energias dos sócios, com a primeira concentração em 1996 e a repetir-se durante os dez anos seguintes . “Foi, realmente, um sucesso” afirma José Silva.

A chegada dos anos 2000 traria consigo a crise económica e, lembra José Silva, a mota passou a ser “um luxo”. As últimas concentrações já não tinham o mesmo impacto, e foi preciso passarem alguns anos para o Moto Clube de Torres Vedras ganhar novo fulgor. O regresso à cidade, com a ocupação das instalações da Sociedade Columbófila, em 2013, cumpria um dos desejos de José Luís Rufino. “Se voltasse [à direcção] queria uma sede nova, num sítio bom. Queria cativar novamente os sócios.” E assim foi. “A maioria dos antigos sócios voltou. Voltámos a crescer: dos 40 que éramos na época, em dois anos e meio passámos a ser… 270!”

José Silva é claro quanto aos objectivos do Moto Clube. “Tentamos fazer com que os sócios digam ‘hoje temos de ir ao Clube, é bom irmos lá, vai ser giro.’” Por isso, sublinha, “tentamos ter sempre alguma actividade aqui na nossa sede” que, com vista para o renovado Parque do Choupal, abre portas todos os fins-de-semana. “Temos um pouco de tudo, sempre com bom ambiente: stand-up comedy, bandas de rock, fados…”

O convite está feito para esta casa que, Sexta-Feira e Sábado, promete celebrar os seus 25 anos com muito freestyle, música e animação, dia e noite, na Expotorres, em Torres Vedras.

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Rita Alves dos Santos
Jornalista. Natural de Torres Vedras. Licenciada em Ciências da Cultura na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Pós-Graduada em Jornalismo Multiplataforma. Mestranda em Jornalismo da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

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