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O Teatro-Cine de Torres Vedras acolhe no próximo dia 9 de março, pelas 21h30, mais um ciclo de performances que serão apresentadas pela Performact.

Ecléctrica é o nome dessa apresentação, o mesmo que a Performact deu a um espetáculo com igual objetivo realizado no dia 23 de junho do ano passado, também no Teatro-Cine de Torres Vedras. Mas mais que uma simples mostra, Ecléctrica procura ser uma partilha, uma forma de energizar uma noite que traz ao palco do Teatro-Cine de Torres Vedras um pouco das várias realidades geradas por professores convidados e alunos no contexto do curso intensivo de intérprete de dança contemporânea da Performact.

De referir que esta entidade foi fundada em 2016, fruto de uma colaboração entre a Ilú Associação Dança-Teatro de Intervenção Urbana e a sua associação parceira Untamed Productions, sendo que procura formar bailarinos a um nível profissional com um rigoroso plano de ensino orientado para a área da performance no campo da dança contemporânea. A Performact faculta aos estudantes não só a oportunidade de trabalhar as suas próprias capacidades físicas e intelectuais com vários profissionais de renome nacional e internacional, mas também fornece conhecimentos complementares de produção, o que é essencial na formação de um intérprete e na sua perceção daquilo que é um espaço cénico e performativo.

As entradas para se assistir ao espetáculo Eclétrica no Teatro-Cine de Torres Vedras são gratuitas.

Programa

Hasten your Demise

O dia-a-dia pode parecer cansativo, repetitivo, vazio por dentro. Stressados com o amanhã, preocupados com os erros de ontem, tendemos a fugir, para longe da multidão. Tentámos apanhar um momento de alegria, desamparados dentro das nossas mentes pensantes. Condicionámo-nos a adaptar-nos, a concordar sem questionar a decisão de sermos livres.

Seguimos regras e normas de vida, pois tendemos a esquecer quem estávamos destinados a ser.

À medida que corremos na procura das nossas vidas, um ciclo sem fim, uma maratona sem destino. Falta clareza. O desejo de nos sentirmos vivos apanha-nos todas as manhãs.

Acordamos sem a vontade de ficar acordados. Sem sono por falta de aventuras, profundamente ofegantes pela variedade. Ansiamos pela mudança, mas nada mais tememos do que a sua essência. Enquanto o coletivo nos empurra, força e estica o nosso espírito, corpo e mente, sem respeitar limites nem permitir que uma pausa respire, o nosso corpo físico está a decair lentamente, de forma constante. Por outras palavras, à medida que atravessamos a vida, aumentamos o nosso desaparecimento.

Aposto que todos nós vivemos momentos de vazio no nosso interior.

Uma peça de: Samadhyana Dance Company

Coreografia: Danilo Valpassos Cardoso

Intérpretes: Chloé Timon, Lily Cabaud, Lucile Jean, Minori Onoue, Mona Roucan, Ron Kaslasy, Suevia Rojo

Full of Flies

Um espaço vazio, cheio de moscas. Alguém tem estado aqui parado há muito tempo, a olhar para ele. Presos num sítio. Partindo da ideia de olhar para um lugar cheio de algo que os outros não podem ver, este solo é uma pesquisa sobre o micro movimento e as sensações que se aproximam do som das moscas. Partindo de uma posição passiva, como pode um indivíduo prender-se a um mesmo espaço e encontrar formas de escapar dele? Através do processo de looping sobre uma mesma experiência, como pode a vontade de libertação ser o início de um movimento necessário?

Criação e Coreografia: Ophelie Parot

Intérprete: Ophelie Parot

Créditos: Performact (apoio) Estreado na Performact, Torres Vedras, Portugal, no dia 29/11/2021

Agradecimentos: Diane Gossiême, Bart Nusink, Ricardo Ambrózio e Goncalo Ferreira (Mentores) Eddy Becquart, Adi Rozen, Gloria Bee, Surendra Tekale e Aude Capsié (Críticos/Olhares exteriores).

Música: Mika Vainio e Joachim Nordwall: Ao vivo no Crómio Catedral e Irkutsk

Concepção de luzes: Clémence Peytoureau

Assistente de som e luz: Teodora Vujkov

Foto: Carla Oliveira

You cannot find peace by avoiding life

Será a raiva, pergunto-me, de alguma forma, o familiar, o primata do poder? Agradeço a Virginia Woolf por ser uma mulher que não se intimida de possuir a sua raiva. A raiva parece ser uma das emoções mais marginalizadas na nossa sociedade, especialmente sob o jugo das mulheres. Parecemos muitas vezes aprender a suprimir esta emoção e envergonhar imediatamente quem quer que mostre comportamento agressivo. Mas a raiva não é, em primeiro lugar, uma emoção muito natural e humana?

Criação e Coreografia: Ella Meeusen

Apoio: Performact

Conceção das luzes: Clémence Peytoureau

Assistente de som e luz: Teodora Vujkov

Crédito Fotográfico: Ricardo Ambrózio

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Redação
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