Promotor asiático compra em hasta pública antiga fábrica em Alenquer por 1,1 ME
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A antiga fábrica têxtil Chemina, abandonada há 20 anos, em Alenquer, vai ser vendida por 1,1 milhões de euros a um promotor asiático para a transformar numa unidade hoteleira vocacionada para tratamentos termais, anunciou hoje o município.

A empresa Sunshine Life – Investimento Imobiliário Unipessoal Lda, detida por um promotor asiático, foi a única a concorrer à hasta pública, cujo prazo para a entrega de propostas terminou na segunda-feira, disse à agência Lusa Pedro Folgado, presidente deste município do distrito de Lisboa.

“A fábrica da Chemina tem um valor inestimável pela sua história, mas também pela forma como fez parte da vida de tantas gerações de alenquerenses e, por isso, é com muita satisfação que, após tantos anos de impasses, concluímos com sucesso a hasta pública que vai permitir a recuperação integral do edifício”, afirmou Pedro Folgado.

Com o projeto de reabilitação para a Chemina, “estão finalmente reunidas as condições para devolver este edifício histórico à vila de Alenquer”, sublinhou, defendendo que a construção de uma unidade hoteleira é necessária para fazer face à insuficiência de unidades turísticas no concelho e para dinamizar a economia local.

No âmbito da hasta pública, não houve licitação do valor da compra, por ter sido apresentada uma única proposta de 1,1 milhões de euros, explicou o autarca.

Como definido na hasta pública, o vencedor fica obrigado a transformar a antiga fábrica numa unidade hoteleira vocacionada para tratamentos termais, adiantou.

O projeto vai contemplar um aparthotel, com 50 a 80 quartos, SPA, um auditório, que deverá ser cedido durante 20 horas mensais ao município, e a manutenção da traça arquitetónica da fachada do edifício histórico.

O promotor asiático tem quatro meses para entregar na câmara o pedido de informação prévia para o projeto e outros quatro meses para solicitar a licença de construção, após obter parecer positivo da câmara ao primeiro pedido.

Possui um prazo de três anos e meio para iniciar as obras, após o qual serão aplicadas sanções no valor de 50 mil euros anuais, explicou a autarquia em nota de imprensa hoje enviada.

Se no prazo de cinco anos o projeto não avançar, o município terá o direito de pedir a reversão do edifício.

O município tinha necessidade de “acelerar a requalificação do edifício”, já que há o risco de “qualquer dia cair” por se encontrar devoluto há 20 anos, por “desvalorizar o centro da vila” e estarem previstas obras de requalificação para o espaço público envolvente, explicou o autarca, adiantando que o município não tem verbas para o efeito.

A fábrica da Chemina foi inaugurada em 1890, chegando a empregar duas centenas de trabalhadores ao longo dos anos.

Fechou por volta de 1994, na sequência de um conturbado processo de falência, e o edifício foi adquirido pelo município, que chegou a destiná-lo para centro cultural, uma escola e um hotel, mas nenhum projeto se concretizou.

Em 2000, foi alvo de um incêndio, que o deixou degradado.

O edifício, que se insere na malha urbana da vila, é composto por três andares, possui um outro anexo onde se localizavam as antigas caldeira e máquina a vapor, e tem uma fachada, que atinge os 16 metros de altura e 110 de largura.

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Agência Lusa
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