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A concelhia do PSD de Alenquer retirou a confiança política ao único vereador eleito, Nuno Miguel Henriques, depois de a câmara municipal ter aprovado atribuir uma avença a tempo parcial para uma assessora do vereador, foi hoje anunciado.

Em comunicado, a comissão política concelhia presidida por Pedro Afonso referiu que, após reunião realizada na quarta-feira, foi decidido por unanimidade “retirar a confiança política ao vereador Nuno Miguel Henriques, demarcando-se formal e institucionalmente das respetivas posições políticas e decisões executivas que possa vir a tomar, deixando estas de vincularem o PSD de Alenquer”.

Os sociais-democratas justificaram a posição face às “atitudes reiteradamente assumidas” de “irredutibilidade” do vereador “na articulação prévia das posições políticas com os órgãos próprios do PSD”.

Contactado pela agência Lusa, Nuno Miguel Henriques enviou uma declaração escrita, na qual se mostrou “estupefacto ao saber pela comunicação social de uma tomada de posição do PSD local”, que considerou “pouco madura”, quando a estrutura “só se organizou depois das eleições autárquicas” e “estava a tentar fazer o esforço de união, que só é possível, com cedências de duas partes”.

O vereador defendeu que, nas reuniões do executivo, é “livre, correto e faz política com elevação e uma oposição com sentido, de grande maturidade e sem pequenez, constitutiva e com base no programa que foi a sufrágio nas últimas eleições autárquicas”.

Na mesma declaração, Nuno Miguel Henriques afirmou que tem sido vítima de “declarações e até provocações, para desmoralizar o seu trabalho”, “pondo em causa a sua palavra, caráter e convicções”, esclarecendo que são públicas as propostas, críticas, sugestões e o acompanhamento que tem feito dos temas discutidos.

Adotando uma “oposição responsável, criticando o que existe a criticar, mas apresentando sempre possíveis soluções para os problemas”, a concelhia do PSD “condenou” a maioria PS, liderada por Pedro Folgado, pelos gastos que tem feito com a aquisição de serviços em regime de avença, que ascendem a mais de 155 mil euros desde setembro.

Neste sentido, os sociais-democratas estão contra a aprovação de uma avença a tempo parcial pelo prazo de dois anos, no valor de mais de 18 mil euros, para uma assessora do vereador Nuno Miguel Henriques.

“Esta foi uma posição que não foi articulada com a comissão política concelhia do PSD de Alenquer, aliás como tantas outras”, é frisado no comunicado.

Por seu turno, Nuno Miguel Henriques esclareceu que pediu “igual tratamento ao do PCP”, partido que recusou partilhar o gabinete com o vereador do PSD.

Por isso, continuou, por não haver meios do quadro de pessoal do município, foram propostas uma avença e uma pessoa para o cargo, com formação em economia e saúde e que não é militante do PSD.

Nas eleições autárquicas de setembro de 2021, o PSD de Alenquer obteve o pior resultado, tendo perdido um dos dois vereadores eleitos nos últimos mandatos autárquicos.

Após as últimas autárquicas, Nuno Miguel Henriques foi eleito o único vereador do PSD, depois de encabeçar a lista do PSD à câmara nas eleições.

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Agência Lusa
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