Rio Maior e Alcobaça com o maior número de mortes em acidentes de trator no Oeste
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Rio Maior e Alcobaça registam o maior número de mortos em acidentes de tratores ocorridos nos últimos três anos na região do Oeste, onde os casos com máquinas agrícolas provocaram um total de 16 mortos e 33 feridos.

Os dados avançados pela Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAPLVT) revelam que das 33 mortes resultantes de acidentes com máquinas agrícolas, entre 2013 e 2015, seis registaram-se em Rio Maior e cinco em Alcobaça, concelhos que se destacam dos restantes em número de vítimas mortais.

Óbidos, com três mortes, é o terceiro da lista na região em que Torres Vedras, Cadaval e Caldas das Rainha registaram um morto e Bombarral, Nazaré e Peniche não tiveram nenhuma vítima mortal, segundo os dados fornecidos pela proteção Civil à DRAPLVT.

Já quanto a feridos, Caldas da Rainha surge no topo da lista, com seis, seguido de Alcobaça e Lourinhã (5), Bombarral, Óbidos e Torres Vedras (4), Peniche (3) e Cadaval (2).

Os números foram revelados nas Caldas da Rainha onde, na quarta-feira, foi pela primeira vez assinalado o Dia do Tratorista com um encontro organizado pela Associação Nacional de Formadores de Segurança Rodoviária.

Estes dados, segundo Carlos Lopes, da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, confirmam a posição de Portugal como o terceiro país da Europa com mais vítimas mortais em acidentes rodoviários com máquinas agrícolas (atrás da Itália e da Polónia).

De acordo com o mesmo responsável, os acidentes com veículos agrícolas “são aqueles em que existe maior perigo de morte”, com uma taxa de 8,2 mortos por cada 100 intervenientes em acidentes, enquanto nos caso dos motociclos a taxa é de 2,6, nos ciclomotores de 1,9, nos veículos pesados de 0,7 e nos ligeiros de 0,6.

No evento, em que estiveram em debate as boas práticas a adotar pelos condutores de veículos agrícolas, o mesmo responsável sublinhou a importância de os tratores serem equipados com o chamado “arco de Santo António” (proteção metálica) e de os condutores usarem cinto de segurança para minimizar os danos físicos resultantes dos acidentes.

A sessão, que contou com cerca de centena e meia de empresários, trabalhadores agrícolas e alunos de cursos agrícolas, foi aproveitada pelo presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Fernando Tinta Ferreira, para que os organizadores “instituam oficialmente o Dia do Tratorista”, que passará ser assinalado na cidade anualmente a 11 de novembro.

Joaquim Sobreiro Duarte, responsável pela organização, disse à agência Lusa que irá, “em conjunto com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, desenvolver contactos para que o dia seja assinalado a nível nacional”, como mais uma passo “para a sensibilização e prevenção de acidentes “e a implementação de boas práticas.

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Agência Lusa
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