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A 14.ª edição do Santa Cruz Ocean Spirit – Festival Internacional de Desportos de Ondas está a decorrer na Praia do Mirante, em Santa Cruz, com um programa que demonstra que os desportos de ondas são para todos. Ao final da manhã desta quarta-feira, um grupo de utentes da Associação para a Educação de Crianças Inadaptadas de Torres Vedras – APECI participou numa atividade de surf adaptado na piscina da Aldeia Neptuno.

Nuno Vitorino deu por terminada a sua carreira desportiva no ano passado. O pioneiro do surf adaptado em Portugal e atleta paralímpico esteve em Santa Cruz a acompanhar a atividade dinamizada pela SURFaddict – Associação Portuguesa de Surf Adaptado, a que preside, e explicou que momentos como este “tornam o desporto democrático. O desporto não tem de ser condicionado à condição física da pessoa e nós aqui abrimos a toda a gente.”

Quem não podia concordar mais era Hugo Rocha, que começou a fazer surf adaptado há três anos, “por inspiração” da companheira. Depois de sair do mar da Praia do Mirante, o atleta da Associação Sealand contou que também pratica basquetebol em cadeira de rodas e anda de skate. Com uma prótese de um membro inferior, Hugo explica que fazer desporto “mudou completamente” a sua vida e que conta com o apoio fundamental da família, dos vizinhos e dos amigos.

No que toca à realidade do desporto adaptado no país, Nuno Vitorino não tem dúvidas de que ainda “há um longo caminho a percorrer. É [necessária] uma mudança de mentalidade, de paradigma, mas essencialmente é uma mudança de acessibilidades” acrescentou, aproveitando para lançar o repto: “o fundamental mesmo é tirar as pessoas de casa. Venham praticar desporto, seja surf, basquetebol, futebol. Porque quanto mais desporto fizerem, menos vão gastar em medicamentos.”

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