
Serão as Lentes todas iguais?
Critérios para escolher lentes oftálmicas
Hoje em dia existe tanta informação e oferta de produtos e serviços que, por vezes, é difícil escolher. Felizmente, na nossa sociedade, para a esmagadora maioria das situações temos diferentes alternativas que nos permite ainda comparar e escolher a que acreditamos ser melhor.
Existem bens onde essa comparação é mais fácil. Na roupa e calçado comparamos não só o design como a qualidade dos materiais. Nas televisões, smartphones, ou quaisquer eletrodomésticos, temos normalmente uma lista de características descritas e vários locais onde podemos comparar e conhecer as criticas aos mesmos.
Mas não será assim em todas as situações, e em algumas até particularmente importantes. Um dos exemplos é a comida, por exemplo a fruta. Quantas vezes as mais brilhantes e calibradas não são as mais saborosas. Não temos como avaliar, a não ser que nos deixem provar e só a primeira experiência vai permitir rever decisões futuras. Hoje posso decidir, por exemplo, se quero deixar de ir a uma Grande Superfície e voltar à Mercearia, onde reconheço a qualidade dos produtos comercializados.
Mas existem aqueles produtos onde a compra é bem mais espaçada no tempo, o investimento considerável e a experiência pessoal essencial para a tomada de decisão.
Um caso paradigmático são as Lentes Oftálmicas. De importância fundamental para a qualidade de vida das pessoas que as utilizam, a “olho nu” parecem muito parecidas. Um círculo transparente, às vezes com um reflexo mais ou menos esverdeado (reflexo residual do tratamento anti-reflexo) e/ou uma ligeira tonalidade amarelada (mais recentes tratamentos para filtrar a luz azul).
O truque é que nos permitem ver focado onde antes víamos desfocado. Mas serão as Lentes Oftálmicas todas iguais? Digo-lhe que não são. A Qualidade das matérias, a qualidade dos tratamentos, a geometria das lentes (forma como as curvaturas das faces interna e externa se alteram do centro para a periferia da lente) contribuem, melhor ou pior, para o resultado final e que é ver bem de uma forma natural e confortável!
E então como distinguir e escolher? Aqui indiscutivelmente que as variáveis terão que ser outras. No que diz respeito a Lentes Oftálmicas deixo alguns critérios.
O primeiro critério será o reconhecimento dos Laboratórios de Fabricação. É importante saber o que está a comprar. Existem referências no mercado que, pelo seu passado e provas dadas, nos podem dar mais garantias do que estamos a escolher. Estes laboratórios apostam na investigação e inovação, procurando sempre uma melhor resposta para os seus produtos.
Exija saber o que está a adquirir. Os principais laboratórios disponibilizam sempre o certificado de autentificação ou mesmo uma impressão laser na lente, praticamente invisível, mas que o profissional lhe pode indicar onde está.
O segundo critério será a credibilidade de quem lhe faz a proposta, a experiência e valia técnica que detém na montagem de óculos graduados. A confiança tem um papel muito importante na escolha das suas Lentes. É essencial sentir a segurança de que quem o aconselha procura cultivar uma relação que perdura no tempo e tal só será conseguido se o servir bem, propondo-lhe os melhores produtos adequados à sua necessidade. Quem o acompanha na escolha das lentes terá que demonstrar perceber o que se pretende atingir com a sua graduação, que características devem ter as Lentes para tal, e quais aquelas que o fazem melhor. A proposta de uma Lente Oftálmica não deve ser indistinta, como se tratasse de um pacote que dá para qualquer situação. Muitas vezes para cada caso existe uma solução diferenciada e à medida.
Estes cuidados são ainda mais importantes quando se trata de Lentes Progressivas, um produto tecnologicamente avançado, que deve responder a vários parâmetros.
Como referi anteriormente, a visão deve ser natural e confortável. Uma Lente Progressiva detém muitas graduações, desde o centro, onde está a graduação de longe, até à base, onde se situa a visão de perto. Isto que se explicou em poucas palavras, representou um enorme avanço tecnológico disponível ao mercado há pouco mais de 40 anos e com muitas limitações ao início.
A forma como a graduação evolui desde o centro até à base e como se distribui por toda a lente influi em muito a adaptação e a utilização confortável das Lentes Progressivas. Tratando-se de um campo ainda em desenvolvimento, a opção pelas ofertas mais recentes dos laboratórios mais credibilizados representa a garantia de uma boa qualidade de vida, com visão a todas as distâncias e com movimentos dos olhos e pescoço os mais naturais possíveis.
Voltando ao início, a escolha das Lentes Oftálmicas não se faz pela observação das mesmas e das suas características, porque elas não são visíveis ou percetíveis a olho nu. Saber o que adquire e conhecer quem lho propõe são aspetos fundamentais na escolha. Existe um mundo de tecnologia e saber naquele “pedaço de plástico” que põe à frente dos olhos para ver bem.
Procure informar-se e escolher bem o seu parceiro para os cuidados de saúde visual.