
Questões como Orçamento Geral do Estado ou a regionalização “estiveram” hoje na campanha presidencial, no dia em que Maria de Belém falou sobre a base das Lajes e Marcelo recebeu nas Caldas um “banho de multidão”.
Depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter dito que aprovava o Orçamento do Governo socialista, e de ter sido criticado por isso pelo candidato Sampaio da Nóvoa, o tema voltou à campanha dos dois candidatos.
Logo cedo, em Vila Nova de Gaia, Sampaio da Nóvoa afirmou-se confiante no projeto de Orçamento para este ano e que o mesmo possa resultar num “novo tempo” para o país.
Já na última noite, em Torres Vedras, Marcelo Rebelo de Sousa tinha voltado também à questão, defendendo que o processo de aprovação do Orçamento deve ser acelerado, depois de ter elogiado Manuel Alegre (que hoje estará na campanha de Maria de Belém) e de ter dito que quem o critica não está a “perceber o filme”.
Edgar Silva, o candidato apoiado pelo PCP, que na quinta-feira pediu uma mobilização para derrotar Marcelo Rebelo de Sousa, lançou esta manhã o tema da regionalização, defendendo em Silves que se deve fazer a regionalização sem necessidade, desta vez, de um referendo (a regionalização foi chumbada em referendo).
A questão foi hoje discutida no Parlamento, com o CDS-PP a questionar o primeiro-ministro sobre a reabertura do processo, a propósito das eleições para as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
Na Marinha Grande, esta manhã, Maria de Belém defendeu que o papel da base das Lajes, nos Açores, deve ser reequacionado, mantendo-se como elemento importante na relação com os Estados Unidos, uma ideia que já expressara na quinta-feira, num encontro com embaixadores e diplomatas.
No sexto dia de campanha, a candidata também saudou o empreendedorismo dos portugueses, esteve na feira da Nazaré e foi ao farol ver o mar. Num almoço prometeu que será uma Presidente vigilante, mas sem interferir nas competências de outros órgãos.
A outra mulher na corrida presidencial, Marisa Matias, apoiada pelo Bloco de Esquerda, optou hoje por voltar ao caso Banif, afirmando esperar que Bruxelas não faça “opções ideológicas” ou tenha “dois pesos e duas medidas” ao incluir o Banif no défice de 2015, ao contrário do que aconteceu com o BES.
Depois de na quinta-feira ter a seu lado, em Coimbra, o ex-coordenador do Bloco João Semedo (que disse que se Marcelo ganhar as eleições “é a conspiração política que se instala em Belém”), Marisa Matias viajou hoje de comboio até Aveiro.
Num dia em que Marcelo teve o apoio do centrista Narana Coissoró (que comparou Sampaio da Nóvoa a um profeta) e foi surpreendido, nas Caldas da Rainha, com um “banho de multidão” e com autocolantes “Marcelo é fixe” (e por causa deles o slogan “Marcelo é fixe, seja nas Caldas, seja em Peniche”), Edgar Silva teve um apoiante especial em Vila Real de Santo António, o “maninho mais novo”.
No mercado do Bolhão, Porto, Vitorino Silva foi recebido com beijos, aplausos e promessas de votos e Sampaio da Nóvoa teve também o seu apoiante especial na Póvoa do Varzim, o pai.
Paulo de Morais defendeu em Setúbal que o país precisa de uma modernização dos sindicatos e de aproveitar os recursos humanos de que dispõe, e Cândido Ferreira anunciou que vai requerer ao Ministério da Educação esclarecimentos sobre a validade da licenciatura de Sampaio da Nóvoa, justificando com a recusa do também candidato a Belém em fornecer respostas “válidas” às suas dúvidas.