Os serviços administrativos e técnicos dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Torres Vedras encontram-se desde ontem, Quinta-Feira, a funcionar no Edifício da Câmara Municipal de Torres Vedras. Para trás ficam as instalações na Rua da Electricidade (junto à linha ferroviária que atravessa a cidade), passando agora a ocupar as anteriores instalações da Biblioteca Municipal, na Avenida 5 de Outubro.
“Acho que esta mudança faz todo o sentido, tendo em conta que é um serviço municipalizado” considera Sofia Apolinário, de Torres Vedras. “Acho que é uma boa mudança, é positivo” aponta uma das munícipes que passou pelas novas instalações logo no primeiro dia. Os serviços continuam “rápidos e de fácil acesso”, sendo que a diferença está no “facto de ser mais moderno.” Também Patrícia Santos, da Gondruzeira, deixa nota positiva. “Pareceu-me bem, foi rápido. O serviço está adequado e mais central. Acho que está melhor.”
Casimiro Ferreira, do Ramalhal, contou ao Torres Vedras Web que se deslocou à cidade para tratar da mudança do contador da água e deixou elogios à nova localização dos Serviços Municipalizados. “Acho bem porque aqui no Edifício da Câmara resolvemos logo mais assuntos que temos para tratar” explica. “Aqui temos um parque para estacionar” destaca, lembrando a dificuldade de estacionamento junto às anteriores instalações.
Mas há quem não veja com bons olhos esta centralização de serviços. “Acho que está mal. Está tudo centralizado e espera-se mais tempo do que se esperava lá em baixo” aponta Jorge, de Torres Vedras. “Tive de andar a perguntar a algumas pessoas para me ensinarem. Dantes isso não acontecia” conta Augusto Jorge, que veio com a mulher, Maria de Lurdes, do Maxial. “A primeira vez é que custa mais, agora na próxima já se sabe.”
Em busca de uma “nova centralidade”
“Há cerca de 12 anos a Câmara tinha os seus serviços dispersos um pouco por toda a cidade” lembra Carlos Bernardes, Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, que destaca o potencial do Edifício Multiserviços que agora agrega diversas funcionalidades. O objectivo parece ser claro: “ser mais eficientes e eficazes na prestação do serviço aos munícipes.” O edil destaca ainda as melhores condições para os colaboradores e para os utilizadores do espaço, colmatando a dificuldade de acesso às anteriores instalações dos SMAS que era sentida por pessoas com mobilidade reduzida.
E se o primeiro dia de operação na Avenida 5 de Outubro contou com cerca de 450 atendimentos (um número “atípico”, que se explica devido ao encerramento do atendimento durante dois dias), esta Sexta-Feira, a meio da tarde, já contava com cerca de 160 pessoas atendidas. O líder do Executivo Municipal e Presidente do Conselho de Administração dos SMAS lembra que “há sempre aspectos a melhorar”, mas destaca “uma nova centralidade, com mais dinâmica e mais gente nesta área territorial da cidade.”
O edifício da Rua da Electricidade está reservado para um projecto ainda em desenvolvimento para o Instituto da Vinha e do Vinho, no qual aquele espaço estará integrado. “É olhar para aquela entrada nascente da cidade e começar a projectá-la. Estou convicto de que no próximo mandato autárquico iremos conseguir levar por diante esse projecto e regenerar aquele território.”