Suspeito de matar e abandonar mulher em mala de viagem em Arruda dos Vinhos julgado em outubro
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O Tribunal de Loures marcou para 28 de outubro o julgamento de um homem acusado de matar a companheira e de ter abandonado o corpo dentro de uma mala de viagem, em Arruda dos Vinhos.

O arguido, de 39 anos, e a prima, ambos de nacionalidade estrangeira, chegaram a Portugal em agosto de 2019 e, além de residirem juntos em casa de amigos naquele concelho do distrito de Lisboa, mantinham uma relação amorosa.

O homem começou a evidenciar consumo excessivo de álcool e uma “postura agressiva e controladora pautada por intensos ciúmes” da companheira, motivo pelo qual as discussões começaram a ser constantes, refere a acusação, a que a agência Lusa teve acesso.

Além dos ciúmes, o homem acusava a vítima de não trabalhar o suficiente para enviar dinheiro para pagar o empréstimo que tinha contraído no Brasil para poder vir para Portugal.

A vítima andava “transtornada e a chorar” e chegou a confidenciar a uma amiga que “temia separar-se” dele, por a ter ameaçado de morte e ter dito que “mandaria fazer mal aos seus familiares”.

Em 04 de setembro, a mulher pediu ajuda a uma amiga (que a acolheu na sua casa), alegando ter sido agredida pelo companheiro e que este lhe teria retido o passaporte.

Nesse dia, o arguido dirigiu-se à residência e, aproveitando a porta estar aberta, forçou a vítima a ir consigo, “puxando-a pelos braços” e “desferindo-lhe pancadas no rosto e nas costas”. As duas mulheres acabaram por conseguir fechar a porta de casa deixando-o no exterior.

Contudo, o casal reconciliou-se e voltou a residir junto, mas, em 02 de outubro, voltou a discutir e a mulher manifestou a intenção de acabar com o relacionamento.

Segundo a acusação, o arguido formulou a intenção de matar a companheira, muniu-se de uma faca e, dissimulando querer abraçá-la, desferiu-lhe uma facada fatal.

Depois, adquiriu uma mala de viagem, que usou para colocar o corpo, e abandonou-a, sendo esta encontrada mais tarde por um popular, que alertou as autoridades.

O homem aguarda julgamento em prisão preventiva desde 04 de outubro de 2019.

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Agência Lusa
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