Os concertos para 2016 da Temporada Darcos de Torres Vedras abrem-se à internacionalização, com a participação de duas orquestras espanholas e com composições portuguesas a serem interpretadas por estrangeiros, anunciou hoje a organização, em conferência de imprensa.
“Este ano, demos um passo diferente”, ao convidar a Real Filharmonía de Galicia e a Orquestra Ciudad de Granada, duas orquestras que, pela sua dimensão, dão um cunho mais internacional aos concertos, afirmou o diretor e compositor Nuno Côrte-Real, na conferência de imprensa de apresentação da Temporada, no Centro Cultural de Belém, que este ano se junta à organização dos concertos.
“Em todos os concertos, haverá sempre uma peça de música portuguesa, o que [também] é uma tentativa de internacionalização, ao mostrar [a essas orquestras] alguma da música que se faz em Portugal”, acrescentou.
Na edição deste ano, a temporada começa no próximo dia 16, com um concerto da Real Filharmonía de Galicia, no Teatro-Cine de Torres Vedras, e, no dia seguinte, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, onde vão ser interpretadas obras de Rossini, Victorino d’Almeida, Brahms, Mozart e Verdi.
Com a participação do baixo-barítono italiano Nicola Ulivieri, que canta de forma regular nos mais importantes palcos de ópera de todo o mundo, o espetáculo procura também celebrar os 75 anos de vida do maestro e compositor português António Victorino d’Almeida, que escreveu a obra sinfónica “Ondas do mar de Vigo”, para ser estreada neste concerto.
A Orquestra Ciudad de Granada, por sua vez, vai atuar a 01 de outubro, em Torres Vedras, e, no dia a seguir, em Lisboa, onde vai tocar composições de Schumann, Beethoven, Nuno Côrte-Real.
O pianista António Rosado é convidado para dois concertos, no âmbito da Temporada: a 03 de junho, no Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada, e no dia seguinte em Torres Vedras. Entre obras, vai interpretar obras de Joaquín Turina e Alexandre Delgado, além do Concerto para piano, violino e quarteto de cordas de Ernest Chausson, contando com a participação do violinista Massimo Spadano e do Ensemble Darcos.
A temporada acolherá, a 03 e 04 de dezembro, a ópera para crianças “Hansel & Gretel”, do alemão Engelbert Humperdinck, na versão em português de Alexandre Delgado, com a participação da Orquestra do Norte e cenografia, figurinos e das escolas do concelho, de onde provém o Coro Infantil.
O Ensemble Darcos foi criado em 2002 pelo compositor Nuno Côrte-Real e, desde 2006, tem residência artística em Torres Vedras.
A 02 de março o Ensemble atua em Torres Vedras, para interpretar o português Luís de Freitas Branco e o francês Maurice Ravel.
A 22 de abril, apresentar-se-á em Torres Vedras, num programa de Mendelssohn, Nuno Côrte-Real e Schubert, e, a 20 de maio, em Lisboa, para o lançamento do seu novo álbum, com obras de Eurico Carrapatoso, Sérgio Azevedo, Nuno Côrte-Real e Elisabeth Davis.
O grupo dá ainda concertos em Torres Vedras a 21 de maio, com obras de Gustav Mahler, Eurico Carrapatoso, Anton Weber e Richard Strauss, e a 09 de novembro, para interpretar Ravel, Carlos Azevedo e JS Bach.
É também em Torres Vedras que o Ensemble Darcos vai fazer o concerto de encerramento da temporada, a 16 de dezembro, um dia antes de se apresentar em Almada, com a estreia de uma composição de homenagem ao cante alentejano, de autoria de Nuno Côrte-Real, interpretada com o Coro Ricercare.
Nuno Côrte-Real, compositor, é regularmente interpretado por orquestras e formações como Royal Scottish Academy Brass, Sinfónica Portuguesa, Metropolitana de Lisboa, Remix Ensemble e a OrchestrUtópica, e por solistas e regentes como Stefan Asbury, Kaasper de Roo, Cristoph Konig, Paul Crossley, John Wallace, David Alan Miller, Mats Lidstrom, Paulo Lourenço e Cesário Costa.