
Foi criada uma página na Internet e uma aplicação para telemóvel para levar o visitante a melhor compreender a importância história deste povoado.
A Câmara de Torres Vedras inaugura no sábado as obras de conservação e de interpretação no sítio arqueológico do Castro do Zambujal para atrair mais visitantes a este povoado pré-histórico.
O investimento de 355 mil euros permite “a fruição do sítio arqueológico por parte do público em geral, melhorando a acessibilidade, a circulação interna e disponibilizando novos e modernos meios de interpretação, com a preocupação de tornar o conhecimento sobre a sua génese e a evolução histórica disponível e compreensível por todos”, informou a Câmara Municipal à agência Lusa.
A intervenção contemplou obras de conservação e restauro das estruturas arqueológicas a descoberto e de melhoria da acessibilidade e da informação ao visitante, adiantou a autarquia.
Foi ainda desenvolvido um plano museográfico de interpretação do Castro do Zambujal e criado um áudio-guia, uma página na Internet e uma aplicação para telemóvel para levar o visitante a melhor compreender a importância história deste povoado.
Estas tecnologias permitem ao visitante “simular uma viagem ao passado e o contacto com personagens e paisagens sonoras deste sítio arqueológico.
No local, foram também instalados painéis informativos e criados percursos, zona de estacionamento e instalações sanitárias a pensar nos visitantes.
O investimento foi financiado a 85% por fundos comunitários.
Por ano, o Castro do Zambujal recebe 3.400 visitantes.
Com a intervenção, o município pretende garantir condições de investigação, tornar o sítio num destino turístico-cultural e dinamizar a economia local, esperando que o sítio possa atingir os 10 mil visitantes por ano até 2023.
O Castro do Zambujal é um povoado fortificado do III milénio a.C., classificado como monumento nacional desde 1946.
Após as pesquisas arqueológicas efetuadas nas últimas décadas, passou a ser considerado um dos sítios arqueológicos mais relevantes a nível nacional, ao dar a conhecer a vida das primeiras sociedades agrometalurgicas no Calcolítico da Península Ibérica, no que se refere sobretudo às primeiras arquiteturas de fortificação e às práticas de metalurgia antiga.