A Fundação do Gil é a vencedora do Prémio Manuel António da Mota, no valor de 75 mil euros, com o projeto Cuidados Domiciliários Pediátricos, que desde 2017 abrange sete distritos e 33 concelhos, foi hoje divulgado.
Foram 10 as candidaturas finalistas a esta 10.ª edição do Prémio, entregue ontem no Porto, no Centro de Congressos da Alfândega, tendo ficado em segundo e terceiro lugar a Associação Dignitude e a ASAS – Associação de Solidariedade, respetivamente.
Ao segundo e terceiro classificados couberam galardões de 35 mil euros e 15 mil euros, respetivamente.
As sete menções honrosas, distinguidas com cinco mil euros, foram atribuídas à AICD — Associação para a Inserção por Centros Digitais de Informação (CDI Portugal), à AIIR – Associação de Apoio à Inclusão de Imigrantes e Refugiados, à Associação Salvador, às câmaras de Torres Vedras e de Vila Nova de Famalicão, ao Centro Social Cultural e Recreativo do Lamegal e ao Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade.
Nesta 10.ª edição, o galardão da Fundação Manuel António da Mota pretendeu “enaltecer os esforços desenvolvidos pelas organizações que se distinguem” com projetos “em prol do cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.
Com sede em Lisboa, a Fundação do Gil foi criada em 1999, tendo sido “pioneira no desenvolvimento de projetos de saúde pediátrica e reintegração social”.
A sua missão é “promover o bem-estar clínico social e emocional de crianças em risco clínico e social, perspetivando a sua reintegração social na família com autonomia”.
O seu primeiro projeto, a Casa do Gil, foi um Centro de Acolhimento Temporário destinado a crianças com idades entre os zero e os 12 anos, em risco social e/ou clínico.
Quanto ao segundo projeto, de Cuidados Domiciliários Pediátricos, tem por objetivo o “bem-estar físico, psíquico e espiritual da criança, assim como o suporte necessário ao cuidador principal e restante família”.
“Nesta intervenção está incluído o tratamento dos sintomas, descanso do cuidador e acompanhamento após a morte durante o processo de luto”, descreve a organização.
Destacando que “a doença crónica e incapacitante pode prolongar o período de internamento e levar à sobrecarga de recursos hospitalares e familiares”, a Fundação refere que “a continuidade da prestação de cuidados de saúde pediátricos no domicílio tem evitado internamentos desnecessários”, prevenindo “a degradação psicossocial do doente e família”.
“Sem este apoio seria mais difícil melhorar o estado de saúde geral da criança, fomentar a capacitação social da família e permitir um melhor equilíbrio emocional de todo o agregado”, acrescenta.
De acordo com Rui Pedroto, presidente da Comissão Executiva da Fundação, o Prémio, que teve “reforçado o montante dos prémios” por se tratar de uma edição comemorativa, “procurou chamar a atenção para a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nela inscritos”.
O galardão foi criado em 2010 pela Fundação Manuel António da Mota para reconhecer anualmente organizações e personalidades que se destaquem nos vários domínios de atividade da Fundação.