Três concelhias do BE defendem alargamento do passe de 40 euros a todo distrito de Lisboa
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O Bloco de Esquerda (BE) de Torres Vedras, Alenquer e Azambuja defendeu o alargamento do passe de 40 euros nos transportes da Área Metropolitana de Lisboa (AML) a todos os concelhos do distrito

O Bloco de Esquerda (BE) de Torres Vedras, Alenquer e Azambuja defendeu o alargamento do passe de 40 euros nos transportes da Área Metropolitana de Lisboa (AML) a todos os concelhos do distrito, numa carta aberta divulgada no sábado passado.

“Exigimos que as medidas que beneficiam os cidadãos da Área Metropolitana de Lisboa, nas suas deslocações pendulares, sejam estendidas a todos os concelhos do distrito de Lisboa, todos eles com um importante número de deslocações pendulares diárias entre os seus pontos de origem e a capital”, refere a carta aberta, a que a agência Lusa teve acesso.

As três concelhias do BE louvaram a decisão de reduzir o valor do passe na AML, por contribuir para a “redução drástica do valor gasto em transportes no orçamento das famílias”.

Contudo, consideraram que a “decisão cria diferenças de direitos entre cidadãos” e que essas diferenças são “inaceitáveis num Estado que intenta tratar todos os seus cidadãos de igual forma”.

O BE exemplificou que um cidadão residente no Barril, Mafra, concelho pertencente à AML, que está a 61 quilómetros do centro de Lisboa, vai passar a pagar 40 euros de passe, enquanto, à mesma distância, um cidadão de Torres Vedras paga 165 euros.

Da mesma forma, um residente em Setúbal, a 49 quilómetros do centro de Lisboa, vai pagar 40 euros, o que não acontece com um cidadão de Alenquer, a 46 quilómetros da capital, que paga 123 euros.

A carta aberta foi enviada ao primeiro-ministro, ministros das Finanças, Planeamento e Infraestruturas, e do Ambiente, às comunidades intermunicipais do Oeste e da Lezíria do Tejo e aos municípios de Torres Vedras, Alenquer, Azambuja, Sobral de Monte Agraço, Lourinhã, Cadaval e Arruda dos Vinhos.

A Área Metropolitana de Lisboa está em conversações com as Comunidades Intermunicipais limítrofes para um acordo que permita reduzir o preço dos passes também para quem se desloca a partir desses concelhos para Lisboa, sendo uma delas a OesteCim.

Atualmente, um residente de Arruda dos Vinhos, a 35 quilómetros e 40 minutos da capital, paga 138,50 euros por um passe mensal combinado para Lisboa (autocarro/metro/Carris).

De Alenquer ou Sobral de Monte Agraço, a 45 quilómetros ou a 45 minutos de Lisboa, o mesmo passe custa 160,70 euros.

O passe sobe para 165 euros, de Torres Vedras (a 45 minutos ou a 50 quilómetros de Lisboa), e para 183,50, da Lourinhã (uma hora ou 70 quilómetros de Lisboa).

A OesteCim integra os municípios de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras (distrito de Lisboa) e Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Óbidos, Nazaré, Peniche (distrito de Leiria).

Azambuja pertence à Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo.

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Agência Lusa
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