Três utentes infetados com covid-19 em lar militar de Torres Vedras
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Três utentes do lar do Centro de Apoio Social (CAS) das Forças Armadas de Runa, em Torres Vedras, estão infetados, divulgou hoje a instituição, depois de terem começado os testes de rastreio à covid-19.

“Neste momento temos três casos positivos” entre os utentes, afirmou à agência Lusa Joaquim Moura, diretor do CAS Runa, no distrito de Lisboa, depois de, na quinta-feira, terem sido realizados os primeiros 148 testes na instituição, cujos resultados foram conhecidos nos últimos dois dias.

Os utentes infetados foram transferidos das unidades onde se encontravam e isolados dos restantes em quartos da reserva urgente de internamento criada para o efeito na enfermaria.

Todos os 90 utentes foram testados, divididos por duas unidades residenciais, e 23 auxiliares dos 53 funcionários que asseguram as tarefas diárias indispensáveis nesta fase da pandemia.

Desses, apenas deram positivo os três utentes que, segundo o responsável, “estão assintomáticos” à covid-19, apesar da “idade avançada” e de serem considerados “doentes graves ou muito graves”.

A origem da infeção está por detetar, tendo em conta que as visitas estão suspensas, não têm contactos com o exterior e que “o último doente a sair para ir ao Hospital das Forças Armadas foi há mais de um mês”.

Na segunda-feira, vão ser realizados mais testes, abrangendo outros 90 trabalhadores, entre os quais enfermeiros e médicos prestadores de serviços na instituição.

Na quarta-feira, vão ser testados de novo as três pessoas infetadas e sete utentes que se encontram em quarentena, por terem mantido contacto com os que testaram positivo, mais cedo do que ao fim dos 14 dias de quarentena.

“Ainda bem que se apanhou esta situação no início para evitar males maiores”, sublinhou o diretor.

O CAS Runa pertence ao Instituto de Apoio das Forças Armadas, tutelado pelo Ministério da Defesa Nacional.

Parte dos testes foram financiados pelo Município de Torres Vedras e os restantes estão a ser realizados no âmbito de um projeto epidemiológico que envolve o Ministério da Defesa Nacional, a Direção de Saúde Militar do Estado-Maior das Forças Armadas, o Centro Epidemiológico de Investigação Preventiva, o Hospital das Forças Armadas e o Laboratório Militar.

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Agência Lusa
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