
Movimento Cívico Unido por Torres Vedras vê “com perplexidade que seja escolhida esta altura para tais aumentos”.
A Câmara de Torres Vedras, presidida pela socialista Laura Rodrigues, aprovou hoje o aumento da fatura da água em 2022, com a oposição a votar contra e a criticar a proposta.
A proposta foi aprovada pela maioria socialista presidida por Laura Rodrigues, com os votos contra dos vereadores do PSD e do Movimento Cívico Unidos por Torres Vedras.
De acordo com o documento, um consumidor doméstico de 10 metros cúbicos por mês vai pagar uma fatura de 32,47 euros em 2022, quando no ano vigente paga 31,08 euros, o que representa um aumento anual de 16,65 euros no orçamento das famílias. A fatura da água mantém-se inalterável para beneficiários da tarifa social.
Em comunicado enviado às redações, os vereadores do Unidos por Torres Vedras explicaram os motivos pelos quais votaram contra.
“Considerando a situação económica atual e sem terem sido alterados os 1 e 2 escalões nos últimos 3 anos – que representam a maioria dos consumidores -, vemos com perplexidade que seja escolhida esta altura para tais aumentos”,começou por frisar Sérgio Galvão, referindo-se também ao aumento de 25% para a tarifa de resíduos sólidos urbanos.
“Por outro lado, com a passagem de toda a área de gestão de resíduos sólidos urbanos da Câmara Municipal de Torres Vedras para os SMAS, decisão sustentada por um estudo económico que afirmava que o rácio de cobertura era na ordem dos 107%, ou seja as receitas maiores que as despesas, vemos com redobrada surpresa que venha o Executivo, logo no primeiro ano de gestão SMAS, propor um aumento de 25% justificando uma cobertura de gastos insatisfatória, nomeadamente 69%, ou seja despesas muita maiores que as receitas. Ou há um gravíssimo erro no estudo, ou um pior erro de cálculo deste Executivo. Em qualquer caso será o contribuinte consumidor a pagar a conta”, referiu ainda.
Também os vereadores do PSD votaram contra estes aumentos. Em conferência de imprensa, Duarte Pacheco explicou os motivos para tal tomada de posição. Pode ler AQUI.
O executivo municipal aprovou também por maioria a manutenção do IMI nos 0,35%– – por lei a taxa mínima é de 0,3% e a máxima de 0,45% – da derrama em 1,5% para empresas com volume de negócios acima de 150 mil euros e a participação máxima de 5% no IRS dos residentes no concelho.
O Unidos por Torres Vedras – Movimento Cívico aprovou a manutenção da taxa de IMI em 0,35%.
PSD e independentes votaram ainda contra a proposta de IRS, propondo em alternativa uma participação mais reduzida de 4%, o que foi chumbado pela maioria socialista.
A proposta de IMI foi aprovada por unanimidade, uma vez que a oposição considerou que os 0,35% vão no sentido e haver uma redução gradual nos próximos anos.